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Pressão constante e poucas horas de sono estão entre os agentes causadores do problema

De acordo com dados divulgados pela Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil é o país mais ansioso do mundo e a depressão está se tornando a doença do século, tendo como reflexo índices alarmantes no Brasil, que representam um suicídio a cada 46 minutos. Apesar de o problema atingir diversas áreas, os médicos e policiais são os principais afetados, já que suas funções envolvem, muitas vezes, a privação de sono, a pressão constante do trabalho e a necessidade de atenção constante.

Para o policial, o problema se agrava ainda mais com a dificuldade de externalização do problema. De acordo com o coordenador do curso de Psicologia da Universidade Positivo, Raphael Di Lascio, a tendência é de que esses profissionais não demonstrem sinais do que sentem. “Normalmente eles se fecham, escondem e disfarçam o que estão sentindo, pois acham que pode ser interpretado como fraqueza”, explica.

Com foco na prevenção do suicídio entre profissionais da Polícia Civil do Paraná (PCPR), a instituição firmou uma parceria com a Universidade Positivo, visando trabalhar um programa que apoie e colabore com a atenção e os cuidados psicológicos dos policiais. “Estamos fazendo um levantamento e mapeando todas unidades do estado para podermos conhecer e verificar se existe algum sinal comum, visando entender os principais problemas de comportamento que eles enfrentam, para então definirmos estratégias de prevenção e ação para poder ajudá-los”, conta Di Lascio.

Para a PCPR, a união significa um avanço no bem-estar dos colaboradores. “A Polícia Civil do Paraná tem, acima de tudo, o dever de cuidar dos seus policiais e essa parceria garantirá sustentação ao servidor visando a prevenção de problemas psicológicos decorrentes do estresse causado pela atividade”, declarou o delegado-geral Silvio Jacob Rockembach.

Além disso, o projeto prevê: a criação de uma rede de apoio com profissionais da psicologia e psiquiatria, nas várias cidades do estado, visando ficar mais acessível e a disposição do policial que necessite, também montar protocolos e processos de prevenção e intervenção, criar cartazes e uma cartilha de ajuda, além de realizar orientações e palestras sobre o tema. Outro ponto destacado por Di Lascio é a importância da valorização dos amigos e da família nesse processo. “Muitas vezes só eles percebem o sofrimento e a angústia do profissional, então devem apoiar e incentivá-lo a procurar ajuda de profissionais. Isso é essencial para o bom resultado de um tratamento e prevenção”, finaliza.

Asimp/Universidade Positivo

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