Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Deputados poderão aperfeiçoar a legislação existente para garantir um atendimento mais adequado e humanizado aos prematuros e suas famílias.

O Deputado Estadual Requião Filho (MDB) apresentou na terça-feira (04) um requerimento na Assembleia Legislativa do Paraná sugerindo a criação de uma Frente Parlamentar para Prevenção à Prematuridade de Defesa de bebês prematuros. O pedido foi assinado por 11 deputados que, de início, devem compor a comissão, a ser estabelecida no Legislativo até o final de 2022.

As taxas de prematuridade têm crescido expressivamente no Brasil nos últimos vinte anos. De acordo com a Secretaria da Saúde do Paraná, até novembro do ano passado, 13 mil bebês nasceram prematuros no Estado, número que representa 11% do total de nascimentos.

“É um desafio que envolve toda a família. Zelar pelas crianças é resguardar o futuro e, por isso, devemos incluir em nosso debate legislativo os possíveis encaminhamentos para reduzirmos esse percentual no Paraná”, comentou o deputado.

Requião Filho é pai de gêmeos, que há cinco anos nasceram prematuros. Para ele, assegurar aos bebês nessas condições a possibilidade de um atendimento prioritário, com vistas a diminuir os riscos e impactos desta experiência, é fundamental.

“Só quem vivenciou essa situação sabe das dificuldades que enfrentamos para proteger crianças que nascem antes do tempo. Ao meu lado, no hospital, vi outros pais e mães acompanhando seus filhos, também prematuros, na UTI neonatal. E foi muito difícil! Muitos deles, dependendo totalmente do poder público para garantir um leito e, por consequência, a vida de seus filhos. Por isso, acredito que o Estado deva incluir mais ações para resguardar a vida destes pequeninos”. 

Conforme dispõe a Constituição Federal, em seu artigo 226, bem como o Estatuto da Criança e do Adolescente, a Frente Parlamentar surge num momento para auxiliar no aperfeiçoamento da legislação sobre o tema. Para Requião Filho é fundamental que se faça este acompanhamento das políticas públicas existentes desde o pré-natal, com a observância e a defesa da criação de UTIs neonatais, bem como a divulgação do debate e pesquisas científicas sobre o assunto.

Para Denise Leão Suguitani, Fundadora e Diretora Executiva da Associação Brasileira de Pais de Bebês Prematuros (ONG Prematuridade.com), não se trata apenas de um problema de saúde pública, mas algo que se reflete em toda a sociedade.

“Esse tema é importante porque o Brasil é o décimo no ranking de prematuridade. As consequências desse tipo de parto são as principais causas de mortalidade infantil no mundo e nosso país tem muito avançar nessa questão. A frente parlamentar dá muito mais força para projetos de lei que trabalham com a prevenção do parto prematuro, maior cuidado, atendimento mais humanizado e nos interesses e direitos dos bebês e de suas famílias”, concluiu.

Milton Junior/Asimp

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.