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O presidente do Senado, Renan Calheiros, conclamou os membros da Casa por equilíbrio, bom senso e responsabilidade no momento de crise em que se encontra o país. Ele se manifestou pouco antes de abrir a votação do pedido de admissibilidade do processo de afastamento da presidente da República, Dilma Rousseff, nas primeiras horas da manhã desta quinta-feira (12), que terminou aprovado por 55 votos favoráveis e 22 contra.

— Se sairmos daqui com cada senador — para além das nossas diferenças, que são muitas — apertando as mãos de cada outro senador, nós estaremos cumprindo nosso papel perante a história e agigantando o Senado como uma das mais acreditadas instituições brasileiras — afirmou.

Renan defendeu ainda que, "de uma vez por todas", sejam entregues ao país uma reforma política e a revisão do sistema de governo.  Segundo ele, o atual sistema eleitoral-partidário fragmentário “forja crises diárias” nesse sistema presidencialista, que se esvai a cada dia no “precário modelo de coalizão”. A seu ver, o sistema pode ser mais apropriadamente denominado de modelo de “permanente colizão”.

— Ou mudamos esse modelo arcaico, enrrugado, viciado e fomentador de incertezas ou estaremos assinando a ruína das nossas instituições e biografias — advertiu.

Vicentinho Alves levará mandado de intimação a Dilma Rousseff

Na manhã desta quinta-feira (12), o 1º secretário do Senado, senador Vicentinho Alves (PR-TO), levará à presidente Dilma Rousseff mandado de intimação assinado pelo presidente da Casa, Renan Calheiros, comunicando a instauração do processo de impedimento por crime de responsabilidade.

No mandado de intimação, Renan Calheiros lembra que a Câmara dos Deputados autorizou a instauração do processo e que o Senado admitiu o seu prosseguimento em sessão iniciada no dia 11 de maio e encerrada na manhã desta quinta-feira (12).

Segundo informa o documento, a presidente deverá ficar afastada de suas funções até a conclusão do julgamento do processo de impeachment pelo Senado ou até 180 dias como determina a Constituição.

No período de afastamento, Dilma Rousseff manterá as prerrogativas do cargo relativas ao uso da residência oficial, segurança pessoal, assistência à saúde, transporte aéreo e terrestre, remuneração e equipe a serviço no gabinete pessoal.

Presidente do Supremo

Renan Calheiros também informou que às 16h desta quinta-feira (12) haverá uma reunião da Mesa Diretora, com a participação do presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, que assumirá a presidência do Senado para os fins do processo de impeachment.

Também devem participar o presidente da Comissão Especial, Raimundo Lira (PMDB-PB), o relator Antonio Anastasia (PSDB-MG) e líderes partidários.

Agência Senado

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