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O candidato à Presidência da República pela Coligação Muda Brasil, Aécio Neves, participou, na terça-feira (16/09), de debate promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP). Aécio mostrou que é o candidato da mudança segura, com propostas claras para o Brasil, ao falar sobre educação, combate à corrupção e reforma política, entre outros temas.

Abaixo, trechos de participações de Aécio Neves no debate.

Os candidatos

Meus cumprimentos à CNBB, através de seu presidente, Dom Damasceno, que dá aos brasileiros, não apenas à imensa comunidade católica brasileira, mas a todos os cidadãos brasileiros e de todos os credos, a oportunidade de conhecer um pouco mais a história de cada candidato e em especial aquilo que eles propõem fazer pelo Brasil.

Eu estou imensamente feliz de estar aqui mais uma vez na casa de Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil, e que Nossa Senhora possa nos ajudar a construir um tempo novo no Brasil onde política e ética voltem a ser compatíveis.

Proposta debatida

A minha proposta de governo, que tenho debatido intensamente nos últimos dois anos por todas as nossas regiões, reunindo os mais qualificados e experientes brasileiros e brasileiras, não é uma proposta construída no improviso, tampouco se modifica ao sabor dos ventos. E, nela, defendemos uma reforma política que anteceda as demais reformas.

Reforma política

Só com uma reforma política que enxugue o quadro partidário, que nos possibilite instaurar no Brasil o voto distrital misto - uma forma mais moderna e adequada de aproximar o representante de seu representado - e o fim da reeleição, com mandatos de cinco anos para todos os detentores de cargos públicos, estaríamos criando as condições de uma maior isonomia nas disputas eleitorais, mas também de maior serenidade e tranquilidade para que outras propostas possam vir e ser debatidas.

Ficha Limpa

A CNBB ajudou muito a que a [Lei da] Ficha Limpa fosse votada e foi um primeiro importante passo para uma reforma política, que, no meu governo, começa no primeiro dia.

A melhor educação

Os esforços que fizemos em Minas Gerais nos últimos anos nos levaram a ter hoje, segundo o Ministério da Educação, a melhor educação fundamental do Brasil. Não somos o Estado mais rico, não somos o mais igual de todos os Estados brasileiros. Ao contrário, Minas Gerais tem regiões ainda com o Índice de Desenvolvimento Humano que se aproxima da média do Nordeste, mas demonstramos que com qualificação, com metas claras a serem alcançadas - e Minas Gerais talvez seja, de todos os Estados brasileiros, o único em que 100% dos servidores têm metas que são previstas no início do ano e alcançando essas metas recebem uma remuneração, um  14º salário no ano -,  isso nos levou a ter a melhor saúde pública da região Sudeste, segundo o Ministério da Saúde e a melhor educação fundamental do Brasil.

Resgate de jovens

Depois de ter levado o Estado de Minas Gerais a ter a melhor educação fundamental no Brasil, construímos, sem improviso, com a participação de brasileiros e brasileiras extremamente qualificados de todas as partes do país, um projeto que começa pelo resgate de 20 milhões de jovens abandonados no Brasil que não concluíram ou o ensino fundamental ou ensino médio. Esses jovens receberão uma bolsa de um salário mínimo para concluírem o ensino fundamental e depois concluírem o ensino médio.

Nova escola

Vamos fundar a nova escola brasileira. Uma escola qualificada, adequadamente equipada, com professores valorizados e bem treinados. Uma escola que tenha no ensino médio um currículo muito mais avançado do que a atual. Um currículo, na verdade regionalizado, que possa atender as realidades locais de cada uma das regiões brasileiras. O que me anima, o que me encanta, o que me faz estar aqui nesse debate é uma vontade enorme de fazer um governo que honre e que orgulhe.

Discriminação é crime

É preciso, em primeiro lugar, que fique claro que qualquer tipo de discriminação deve ser considerado crime, entre elas, a homofobia. Essa é uma discussão que já existe no Congresso Nacional há muito tempo, e ela se aprofundou nos últimos meses. Há uma decisão do Supremo Tribunal Federal que consagra a união civil entre pessoas do mesmo sexo, isso é uma página virada, a meu ver, na história do Brasil. Defenderei sempre a liberdade de manifestação do Congresso, é ali que está representada a sociedade brasileira em toda sua estratificação. Mas defendo que qualquer tipo de discriminação, em especial a homofobia, seja tratada como crime. O que precisamos é definir se o instrumento adequado é o que está hoje à disposição e a discussão do Congresso Nacional.

Indignação

Os brasileiros estão envergonhados, indignados com aquilo que vem acontecendo com a nossa mais importante empresa pública, submetida à sanha de um grupo político que, para se manter no poder, permitiu que um vale-tudo fosse feito na nossa maior empresa.

Responsabilidade

No nosso primeiro debate, eu disse à candidata oficial, atual presidente da República, que ela tinha ali uma oportunidade de se desculpar com os brasileiros pelo que havia acontecido com a nossa maior empresa. Já que ela, como ministra de Minas e Energia, depois como chefe da Casa Civil, era presidente do conselho de administração da empresa. E, como presidente da República, sempre fez questão de mostrar quem é que mandava naquela empresa.

Denúncias e Petrobras

De lá para cá, uma outra gravíssima denúncia surgiu, que fez com que o Mensalão parecesse coisa pequena. E uma denúncia feita pela Polícia Federal, que disse que existe uma organização criminosa atuando no seio da nossa maior empresa. A partir daí, um diretor, nomeado pelo governo do PT e confirmado pela atual presidente da República, disse, de forma muito clara, que durante todos esses últimos anos financiavam com propina, com parcela dos recursos das obras sobre sua alçada, a base de sustentação desse governo. Não é possível que o Brasil continue a ser administrado com tanto descompromisso com a ética, com a decência, com os valores cristãos. A vida pública não é para ser exercida dessa forma.

Creches perdidas

Apenas o que diz esse diretor da Petrobras - que quantas vezes sentou à mesa da atual presidente da República - mas só o que ele diz de que foi desviado nestas propinas, distribuídas para a base de apoio da candidata e da então presidente da República, permitiria abrir 450 mil vagas em creches. As mesmas creches que a candidata não construiu. Seriam 50 mil habitações novas no Brasil. Cinquenta mil famílias vivendo com mais dignidade.

Somos o que fazemos

Cada vez eu me convenço de que estamos preparados para apresentar ao Brasil um projeto que seja de todos os brasileiros, que supere essa ação perversa daqueles que hoje governam o Brasil. Que, em qualquer dificuldade, quer dividir o Brasil entre nós e eles. Nós - aqueles que apoiam o governo e que se beneficiam de alguma forma das ações do governo - e aqueles que criticam o governo. Esse modelo que aí está fracassou, e por isso estou convencido de que não vencerá as eleições. Temos uma outra candidata que aparece com muitas boas intenções, mas não consegue superar as suas enormes contradições. Hoje diz que se preocupa com o crescimento da inflação, mas há pouco tempo atrás estava no PT, quando o PT combatia ferozmente o Plano Real. Diz que é a favor da Lei de Responsabilidade Fiscal, mas deu o seu voto no Senado, não a favor, mas contra a Lei de Responsabilidade Fiscal. Somos aquilo que fizemos em nossas vidas. Estou aqui apresentando ao Brasil um projeto amplamente discutido, aprofundado em todas as regiões do país.

Asimp/PSDB

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