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Política 01/10/2014  10h23

Afronta à população

Para Hauly, decisão do governo petista de antecipar benefício é desespero eleitoral

O deputado Luiz Carlos Hauly (PR) classificou, ontem (30), de desespero eleitoral a decisão do governo petista de antecipar para outubro o Reintegra – programa que devolve aos empresários uma parte do valor exportado em produtos industrializados por meio de créditos do PIS e Cofins.

Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, anunciou que a iniciativa passará a valer a partir do próximo mês. A alíquota de devolução dos tributos, que era de 0,3%, será de 3% já este ano, segundo Mantega. No dia 15 de setembro, o ministro havia dito que a alíquota devolvida seria de 3% apenas em 2015.

“Vejo com muita reserva, na véspera da eleição, qualquer programa que venha a ser lançado. Evidentemente é um desespero muito grande”, disse o parlamentar, que criticou a demora da presidente Dilma Rousseff para socorrer a indústria brasileira. “É lamentável que tenham demorado tanto tempo para tomar a medida. Mais parece um desrespeito ao processo eleitoral e à população. É uma afronta à inteligência do cidadão e do empresário brasileiro.”

Segundo o tucano, a antecipação do Reintegra representa uma “pequena medida no meio de tantos problemas que a economia vive”. “O Brasil é o país que menos cresce nas Américas. A presidente Dilma e o Mantega perderam totalmente o controle”, acrescentou.

Sobram evidências do desequilíbrio petista no comando do país. De acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta terça, as contas de todo o setor público – que incluem o governo federal, os estados, municípios e estatais – registraram em agosto e no acumulado dos oito primeiros meses deste ano o pior resultado da história.

Em agosto, o déficit primário (despesas maiores do que receitas, sem contar os juros da dívida pública) foi de R$ 14,4 bilhões. Representou, de longe, o pior mês de agosto desde dezembro de 2001.

Na segunda, o mercado emitiu mais um desanimador sinal sobre a previsão de crescimento do Brasil em 2014. Para analistas, será somente de 0,29%. Foi a 18ª queda seguida deste indicador.

(Reportagem: Luciana Bezerra, com informações do “G1” e do jornal “Folha de S.Paulo”)

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