Após a reunião da ACIL, que reuniu lideranças políticas e empresariais para discutir o traçado do Contorno Norte na região de Londrina, o jornal União convidou o deputado estadual Tercíio Turini para comentar sobre o andamento da obra e quais as medidas que deverão ser tomadas daqui para frente.
OBRA FUNDAMENTAL
Considerado de extrema importância, o traçado do contorno norte tem como objetivo desafogar o tráfego pesado, além de atrair novas indústrias e fortalecer a logística de Londrina e região metropolitana, como explica Tercílio Turini. “É uma obra fundamental para nossa região, porque ela liga o contorno de Ibiporã, ou seja a BR 369, que passaria por trás do cinco conjuntos margeando parte do rio Jacutinga e encontrando a PR 445, depois da Warta. Um trecho de 17 quilômetros, que tiraria todo o tráfego pesado da avenida Brasília, evitaria o congestionamento e acidentes, facilitando o acesso às cidades da região metropolitana”, explica Turini.
ADIADO
O projeto, que tem seu traçado ainda em discussão, foi pensado há quase vinte anos, o que o tornou inviável para a Londrina de hoje. “O contorno norte era pra ter saído lá no início dos anos dois mil, mas infelizmente com aquelas mudanças e aditivos, que o ex-governador Jaime Lerner fez, acabou transferindo a obra para o final do contrato com a concessionária Econorte, que acontece em 2021”, comenta o deputado.
RESPONSABILIDADES
Tercílio Turini explicou sobre a atuação do governo neste projeto. “Ao longos dos anos, além de ir adiando a execução da obra, os governos também tiraram responsabilidades da Econorte, hoje, por exemplo, a desapropriação se tornou responsabilidade do governo do estado e o próprio afirma que não tem dinheiro, uma obra que nós já pagamos, porque tudo isso está incluído na tarifa do pedágio. O governo quer usar o recurso que ele tem para a execução do contorno norte, mas que não é suficiente, para usar na duplicação da BR 369, de Jataizinho até Cornélio Procópio, uma área que já está sobre domínio do DER e que não precisa de desapropriação e nós ficaríamos aqui discutindo mais vinte anos sobre o nosso contorno norte”.
VALORES
Turini também questiona os valores apresentados para a execução do contorno norte. “A princípio os valores nos parece absurdos, são 159 milhões para a desapropriação. O próprio diretor da CODEL, Bruno Veronesi, disse que seguramente os valores estão superestimados, que com um quinto, ou menos desse valor, poderia ser feito as desapropriações. Deve ter um estudo sério para analisar realmente qual o custo, o grupo que foi formado com políticos, prefeitos eleitos, empresários e técnicos têm a responsabilidade de analisar cada item, para que a gente possa pressionar o governo a tomar a decisão política correta”.
PEDÁGIO
Com a discussão do contorno norte, uma outra questão é levantada, a do pedágio. Para o deputado, os valores são absurdos. “Isso afeta demais a economia do Paraná, não podemos nem pensar em mais pedágios. Penso eu que chegamos a um ponto em que os órgãos competentes deveriam estar atuando de forma mais forte, pra verificar esses valores, seguramente existe um desiquilíbrio a favor das concessionárias, é preciso rever toda essa questão, só nosso discurso não está causando efeito”.
DESENVOLVIMENTO
Concluindo o deputado destacou a importância da união do norte do Paraná para o desenvolvimento da região. “Se priorizarmos obras que tragam benefícios para o maior número de municípios, o resultado será bem melhor. É preciso união e planejamento estratégico para buscar recursos nos governos federal, estadual e organismos internacionais”, destaca Turini. Além do Contorno Norte, citou a duplicação da PR 445 até Mauá da Serra, e a ampliação da pista e do saguão do Aeroporto de Londrina como essenciais para o fortalecimento econômico da região.
Confira a entrevista completa:
Redação JU
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