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A senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) afirmou na terça-feira, 25, durante sessão solene do Congresso em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, que a presidente Dilma Rousseff é alvo de preconceito porque críticos do governo costumam descrevê-la como exigente, mandona, autoritária e de temperamento difícil.
 
— Criticam o temperamento da presidenta Dilma, mesmo sem conhecê-la de perto, porque ainda estão inconformados com sua eleição e porque ela segue obtendo a aprovação e a confiança da maioria do povo brasileiro — disse a senadora.  “A presidenta exerce sua autoridade, ela foi eleita para isso”, completou.
 
Sem medo de politizar a solenidade, que muitos preferem dizer que tem caráter apartidário, Gleisi Hoffmann disse considerar “inquietante”  a existência de preconceitos enraizados entre pessoas que consideramos educadas e civilizadas. “Ainda estão tentando desvalorizar a presidente Dilma porque ela é mulher”, enfatizou.
 
Ela destacou que o PT, em 1991, aprovou a cota mínima de 30% de participação das mulheres em todos os níveis da direção partidária, uma decisão histórica que faz parte do legado petista em defesa de uma sociedade mais inclusiva e mais participativa. Em 1995, 4 anos depois, o sistema de cotas para candidaturas de mulheres tornou-se lei no país.
 
Na avaliação da senadora, os dois governos do PT, da presidenta Dilma e do presidente Lula, estão implementando políticas públicas favoráveis às mulheres, mas há um longo caminho a percorrer. A mulher segue cumprindo jornada de trabalho de  três turnos, em todos os dias da semana.
 
Estudo da Fundação Perseu Abramo indica que nas unidades familiares, em que os casais coabitam, somente 2% dos homens são os principais responsáveis pelo trabalho doméstico. E apenas 18% dos homens colaboram com as companheiras. “Como nenhuma casa funciona se não estiver limpa, o serviço acaba sendo feito pela mulher”, lamentou a senadora.
 
Ela alertou que o preconceito pesa sobre a mulher desde criança. Citando um artigo do jornal The Wall Street Journal — “Garotas mandonas são líderes natas” — Gleisi disse que a maioria da sociedade espera que os meninos sejam firmes, seguros, que saibam o que querem, enquanto as meninas devem ser boazinhas, amáveis e sensíveis.
 
— Quando um menino assume a liderança ninguém fica surpreso ou ofendido. Isso é esperado, mas quando uma menina faz o mesmo, ela é geralmente criticada — assinalou, advertindo que temos de mudar a situação. “Nenhum país avança sem bons líderes, homens e mulheres. Nosso crescimento econômico, social, cultural e humano depende de  homens e mulheres totalmente engajados na força de trabalho e no campo das decisões”, concluiu.
 
Asimp/Senado
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