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Estamos sempre à espera de que o semelhante nos faça somente o bem. Em todos os lugares, em várias circunstâncias, ao nos depararmos com outras pessoas, esperamos uma boa recepção, a aprovação social, o melhor lugar etc. Muitas vezes, até de familiares e amigos mais próximos gestamos a expectativa de adquirir sua melhor acolhida, o que nem sempre acontece.

Há, no ser humano, uma inclinação em querer o melhor para si. Sentimo-nos injustiçados ou inocentes quando isso não acontece. Esquecemos, por um momento, que também a outra pessoa deseja e pode estar disposta a lutar, se for preciso, por um lugar privilegiado. Também os apóstolos discutiam quem entre eles seria o maior.

Desculpamo-nos, muitas vezes, por não fazermos o bem, por não sermos correspondidos favoravelmente num contato, devolvendo ao indiferente ou àquele que nos agride uma atitude recíproca que ele nos dispensou. Talvez o pecado original seja o principal responsável por tais atitudes em nós.

Deixe o bem exalar do seu interior

O lado humano é a primeira impressão de justiça e amor-próprio que grita dentro de nós. Também a tentação de nos comparar, na situação, uns com os outros, justificaria a sensação de injustiça. “Por que ele pode e eu não?”. Por mínima que seja a atitude de desaprovação, já imaginamos: “O que fiz para essa pessoa?”, ou então: “Que falta de consideração!”, ou ainda: “Nem me notou!”. Pensamentos assim nos detêm na capacidade de respondermos diferente.

A consciência e a vontade de querer ir além das mazelas humanas devem ser maiores. O que levou o outro a querer o melhor só para si esquecendo-se da fadiga e do cansaço alheio? Com certeza, se descobríssemos seus infortúnios vida afora, ainda que menores que os de outros, veríamos sua atitude de forma diferente, olharíamos com piedade e entenderíamos seus limites. Por incrível que pareça, se quisermos a consideração das pessoas, ou melhor, para revertermos qualquer situação difícil em algo favorável, devemos deixar exalar do nosso interior o bem que queremos receber dos outros.

O bem que aprendemos dos que nos amam incondicionalmente é o que muda e converte o coração dos que nos são indiferentes. Como alguém pode aprender a amar se não há quem o ensine e lhe dê exemplo? A resposta na mesma moeda não tem valor quando se trata da conquista de um coração!

Humildade e amor

Supere você as expectativas do outro. É Nosso Senhor Jesus Cristo quem nos ensina a agir acima da simples sombra da justiça humana e a pensar segundo a misericórdia divina. “Até os pecadores prestam ajuda aos pecadores, para receberem o equivalente. Amai vossos inimigos, fazei o bem e prestai ajuda sem esperar coisa alguma em troca” (Lc 6, 34-35).

Não ter uma imagem elevada de si mesmo e nunca contar com a total atenção e serviço de todos alimenta a humildade. Ser humilde é a principal característica de quem entendeu o Amor, e o Amor esvaziou-se de si e se entregou a cada um de nós. Sigamos o exemplo d’Ele para encontrar a felicidade eterna. Amar e ensinar a amar, essa é a nossa vocação! Deus o abençoe.

Sandro Arquejada - Missionário da Comunidade Canção Nova, Sandro Arquejada é formado em Administração de Empresas pela Faculdade Salesiana de Lins (SP). Atualmente, trabalha na Editora Canção Nova. Autor de livros pela Editora Canção Nova, ele já publicou três obras: “Maria, humana como nós”; “As cinco fases do namoro”; e “Terço dos Homens e a grande missão masculina”.

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