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Filhos e filhas,

Já estamos na Quaresma e mais uma vez a Pandemia nos impõe muitas penitências. E mesmo com todas as restrições, começou o tempo de conversão, tempo favorável para um “voltar-se para Deus”. Começou a caminhada para a Páscoa do Senhor.

Já falando da Páscoa, padre? Explico. Ao comentar o salmo 148, Santo Agostinho nos fala do mistério pascal de Cristo celebrado pela Igreja em dois momentos pedagógicos. O primeiro é aquele que antecede a Páscoa e que denominamos de Quaresma e Semana Santa. Já o segundo refere-se ao mistério pascal da ressurreição e glorificação ao Senhor.

Tudo que celebramos na Igreja está inserido no mistério Pascal, principalmente a Quaresma. Num primeiro momento, somos chamados a perceber um Cristo Senhor que enfrentou tribulações, tentações, traições e por fim, a morte, dando-nos uma grande lição com sua obediência ao Pai até as últimas consequências: a crucificação.

Tudo na Quaresma está estabelecido para favorecer a conversão. Porém, não entendamos conversão como mero fruto de nossa capacidade de autocrítica ou de um sincero exame de consciência, mas sim como dom de Deus que vem a nós por Cristo Jesus.

Nesse sentido, todo esforço de viver intensamente a Quaresma através das obras da penitência (jejum, oração e caridade) é para aperfeiçoar a santidade já recebida no batismo. A Quaresma é um tempo muito forte para todos nós, para purificação e iluminação. Tudo favorece a isso.

Observe os sinais externos que a própria Igreja nos dá. Analise a abertura da Quaresma que é feita na Quarta-feira de Cinzas, quando elas são colocadas na nossa cabeça lembrando o próprio Cristo que nos pede “Convertei-vos e crede no Evangelho”, mesmo que nesse ano de uma forma diferente.

Atente para a cor roxa com a qual os sacerdotes se vestem e são revestidos alguns altares, nas flores e ornamentações, demonstrando a sobriedade que o tempo exige.

Perceba o silêncio dos Aleluias e Glórias não entoados nas nossas assembleias litúrgicas, a espera de explodirem com o Cristo, que vencerá a morte na madrugada da ressurreição.

Escute atentamente a liturgia da palavra que, nos cinco domingos da Quaresma, propicia um mergulho profundo nas águas do batismo, que brotam do cordeiro imolado. Você já se deu conta que sempre no primeiro domingo da Quaresma, a liturgia versa sobre a tentação de Jesus no deserto, como exemplo para superarmos nossos próprios demônios?

Reze a Via Sacra como exercício penitencial, colocando nossos pés nas pegadas de nosso Senhor, que foi obediente ao Pai até o fim. Exalte a cruz através da qual Cristo redimiu e salvou toda a humanidade. Intensifique as obras da penitência quaresmal: o jejum, a oração e a caridade.

Celebre com intensidade e profundidade o mistério pascal no tempo da Quaresma!

 “Com Cristo quero viver, com Cristo quero sofrer para com Cristo Ressuscitar”.

Deus abençoe, Padre Reginaldo Manzotti

#JornalUnião

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