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O Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS), com sede no Brasil, acaba de divulgar os resultados de uma pesquisa encomendada ao Datafolha que teve como objetivo mensurar o conhecimento da população sobre a Sepse, definida pelo público leigo como infecção generalizada. A primeira pergunta foi: “Já ouviu falar em Sepse?”. A resposta foi preocupante: dos 2.126 entrevistados, apenas 7% já havia ouvido falar sobre a síndrome que, no Brasil, mata mais do que infarto do miocárdio e câncer de mama.

“A sepse é um importante problema de saúde pública no mundo, com estimativa de 400 mil casos/ano no Brasil, que acarretam cerca de 200 mil óbitos e elevados custos financeiros para o país. A síndrome é responsável por 25% da ocupação de leitos em UTIs no Brasil. Atualmente é a principal causa de morte nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e uma das principais causas de mortalidade hospitalar tardia, superando o infarto do miocárdio e câncer de mama”, disse o médico infectologista Dr. Reinaldo Salomão, presidente do ILAS.

Aos 7% que responderam já terem ouvido falar sobre sepse, a pergunta seguinte, com resposta estimulada e única, foi: “O que significa sepse”. Os resultados foram 3% - A resposta grave do organismo a uma infecção; 2% - Infecção no sangue; e os outros 2% não lembravam.

Já para os 93% que afirmaram nunca ouvirem falar sobre a síndrome, a pergunta, também com resposta estimulada, foi: “Em sua opinião a sepse é”. 45% não sabiam dizer o que era; 18 disseram ser uma emergência médica; 13, algo que mata mais pessoas do que câncer de mama e ataque cardíaco combinados; 11, uma doença rara; 9, algo que você só pega no hospital; e 4% nenhuma das alternativas apresentadas.

No entanto 98% dos entrevistados disseram já terem ouvido falar sobre o infarto do coração, desses 88% afirmaram que os sintomas de uma infarto são dor no peito, que vai para o braço, suor frio e enjoo; 24 ser uma paralisia de um lado do corpo, 4, febre, tosse e chiado no peito; e 3% acham que nenhum dos sintomas apresentados é verdadeiros.

Proposta do ILAS

Com o objetivo de mudar esse quadro cada vez mais preocupante, o Instituto Latino-Americano de Sepse participa da Campanha Mundial de Conscientização sobre a síndrome: o Dia Mundial da Sepse, que acontece em 13 de Setembro. A ação é conduzida mundialmente pela Global Sepsis Alliance (GSA). 

“A despeito da mortalidade por sepse no Brasil ser muito superior à do infarto do miocárdio, o conhecimento do público brasileiro sobre a síndrome é bastante restrito. Campanhas de esclarecimento envolvendo sociedades médicas e imprensa para o público geral devem ser realizadas para minimizar o problema, porque o reconhecimento precoce e a busca imediata de auxílio médico podem impactar e ajudar a diminuir a elevada mortalidade por sepse em nosso país”, disse Dr. Reinado Salomão.

Dados sobre Sepse no Brasil e no Mundo: 
 

  1. A cada segundo alguém morre de sepse no mundo;
  2. A cada ano são registrados cerca de 30 milhões de novos casos no mundo. Destes, seis milhões são neonatais e dez milhões por sepse materna;
  3. A síndrome permanece como causa primária de morte por infecção, apesar dos avanços na medicina moderna que incluem novas vacinas, antibióticos e cuidados críticos nos hospitais, tendo taxas de mortalidade entre 30% e 60%, dependendo do país;
  4. Estudo revela que mortalidade no Brasil por sepse grave pode chegar a 70%;
  5. 17% dos leitos de UTIs em nosso país são ocupados por pacientes com sepse grave;
  6. Na última década, a taxa de incidência da síndrome em nosso país aumentou entre 8% e 13% em relação à década passada, sendo responsável por mais óbitos do que alguns tipos de câncer, como o de mama e o de intestino;
  7. Nosso país tem uma das maiores mortalidades de sepse do mundo. Alguns estudos epidemiológicos mostraram que a mortalidade brasileira por sepse é maior do que a de países economicamente semelhante, como a Índia e a Argentina;
  8. Uma das razões é devido ao pouco conhecimento da população sobre a síndrome, o que faz com que os pacientes com sepse sejam admitidos para tratamento em fases mais avançadas, quando o risco de óbito é maior;
  9. Os profissionais de saúde de prontos-socorros, enfermarias ou UTIs também têm dificuldades no reconhecimento rápido da sepse e de suas disfunções orgânicas. Por isso, o diagnóstico de sepse é feito de forma atrasada e as horas iniciais, importantíssimas para o tratamento com antibioticoterapia e reposição volêmica, são perdidas;


Pare a Sepse, Salve Vidas!
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Teca Pereira/Asimp

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