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Especialistas dos EUA atestam que recomendações sobre imunização precisam ser diferentes em determinados países.

Estudos divulgados recentemente pela Divisão de Influenza do Centro de Controle de Doenças (CDC) dos Estados Unidos, por meio de um editorial publicado no Bulletin of the World Health Organization da Organização Mundial da Saúde (OMS), revelam a importância de países tropicais, como o Brasil, acompanharem os dois calendários de vacinação: um recomendado para o hemisfério Sul e outro para o hemisfério Norte.

De acordo com o diretor-técnico e pneumologista do Hospital Dia do Pulmão, Dr. Mauro Kreibich, a recomendação atual da OMS é de vacinar a população do hemisfério Sul entre abril e maio, já no hemisfério Norte a imunização contra a gripe deve acontecer entre setembro e dezembro. Contudo, a pesquisa realizada pelo CDC comprovou que em países tropicais, localizados próximos à linha do Equador, a influenza da gripe não possui picos, como nas regiões temperadas, em que são comuns durante o frio, mas podem apresentar variáveis ao longo do ano.

Os estudos foram realizados em dez países asiáticos do hemisfério Norte entre os anos de 2006 e 2011 – Bangladesch, Camboja, Cingapura, Índia, Indonésia, Laos, Malásia, Filipinas, Tailândia e Vietnã. Constatou-se que em países mais ao norte havia picos definidos da circulação do vírus, enquanto que em três países mais próximos da linha equatoriana – Cingapura, Indonésia e Malásia –, não foi possível encontrar picos com maior frequência da influenza.

Outra pesquisa feita de 1999 a 2007 no Brasil mostrou resultados semelhantes em relação aos estados do Norte e Nordeste, onde as temperaturas baixas de outono e inverno não costumam ser severas e consequentemente não há picos dos vírus, diferentemente das regiões Sul e Sudeste, com a presença da influenza gripal mais forte no outono e inverno.

Para o Dr. Kreibich, este alerta do CDC enfatiza que a preocupação com a gripe e seus malefícios deve ser constante no planeta e é preciso buscar novos estudos e realizar mudanças nas políticas de vacinação, a fim de minimizar os efeitos nocivos. “São dados fundamentais para provocar modificações nas estratégias de vacinação antigripal. Vivemos em um país que possui uma variedade climática, ou seja, o período para a vacinação precisa ser diferenciado e adequado para cada região”, explica.

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