Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

O processo de fluoretação da água distribuída à população do Paraná completa 57 anos em 2015. Em 1958, a Estação de Tratamento de Água do Tarumã, em Curitiba, começou a adicionar flúor na água para abastecimento público. Ainda hoje este é o método coletivo mais eficiente para o controle e prevenção da cárie dentária. 

A obrigatoriedade da fluoretação das águas de abastecimento em todo o território brasileiro só veio 16 anos depois, com a Lei Federal nº 6050, de 24 de maio de 1974. A Capital paranaense foi a primeira do Brasil a ter este benefício. 

Segundo o Ministério da Saúde, o Paraná está em primeiro lugar na fluoretação da água tratada. A aplicação do produto possibilita, no mínimo, uma redução de 65% das cáries, desde que mantida a continuidade e a regularidade dos teores do flúor na água. Com o projeto de aplicação de flúor, a Sanepar cumpre seu papel de gestora da saúde pública. 

O bom entendimento entre a Sanepar e a Secretaria Estadual de Saúde na implantação e no monitoramento da fluoretação reduziu a incidência da cárie dentária e a melhorou a saúde bucal de milhões de paranaenses. “Hoje, o programa do Paraná é reconhecido em todo o País por sua excelência e continuidade", afirma o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. 

De acordo com o químico industrial e gerente da Sanepar Agenor Zarpelon, os investimentos mensais da Companhia na saúde bucal dos paranaenses são de aproximadamente R$ 700 mil. “Estes custos englobam os produtos químicos, a operacionalização para aplicar o flúor nas unidades de tratamento e as análises realizadas nas estações e na rede de distribuição”, diz. 

Zarpelon explica que a Sanepar realiza todos os meses cerca de 52 mil análises de flúor na água na saída das estações de tratamento. Essas análises atendem a Portaria nº 2914, do Ministério da Saúde. De toda a população atendida pela Sanepar, 99,26% recebem água fluoretada. 

EFICÁCIA – Na primeira década de fluoretação em Curitiba, uma pesquisa foi realizada com estudantes de 6 a 12 anos de idade, pelo Serviço de Higiene Dentária, do governo estadual. Verificou-se a redução, em média, de 39,4% do índice de Dentes Cariados, Perdidos e Obturados (CPO-D). 

Em 1992, uma nova avaliação foi feita pelo curso de pós-graduação em Odontologia Preventiva da Universidade Federal do Paraná, com alunos na faixa etária de 6 a 9 anos. O resultado mostrou que em três décadas e meia de aplicação contínua da fluoretação a redução de CPO-D chegou a 75,4%. 

O químico industrial da Sanepar destaca que, hoje, depois de 57 anos de aplicação de flúor, foi reduzido praticamente a zero o número de dentes cariados nas crianças nesta mesma faixa etária. “Olhando para trás, vemos a força de vontade dos técnicos da Companhia. O trabalho deles permitiu à Sanepar cumprir seu papel de agente da saúde e de qualidade de vida”, garantiu. 

HISTÓRIA – No Paraná, a fluoretação começou quando o abastecimento público era atendido pelo Departamento de Água e Esgoto (DAE), vinculado à Secretaria de Viação e Obras do Estado. A partir de 1972, os sistemas estaduais foram assumidos pela Sanepar. 

Entre 1962 e 1971, além da Capital, mais cinco cidades passaram a ter suas águas fluoretadas – Cornélio Procópio (1962), União da Vitória e Maringá (1969), Jacarezinho e Umuarama (1971).

Até o final da década de 70, mais dez sistemas de abastecimento foram contemplados: Londrina (1972), São José dos Pinhais (1974), Telêmaco Borba (1977), Pinhais (1978), Primeiro de Maio, Paranavaí, Colombo e Bela Vista do Paraíso (1979). Nos anos 80 foram mais 148 sistemas e, dez anos depois, mais 207. Atualmente, a Sanepar mantém a fluoretação em 505 sistemas. A Sanepar atende 345 dos 399 municípios do Paraná e um de Santa Catarina. 

AEN
#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.