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O primeiro caso de Febre Chikungunya foi registrado no Brasil, em setembro de 2014, no Amapá, estado que faz fronteira com a Guiana Francesa, onde é recorrente. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, já foram diagnosticados aproximadamente 1400indivíduos com a doença. Os principais vetores são os mesmos da Dengue, o Aedes aegypti e Aedes albopictus, e os sintomas são muito parecidos, com febre, dores no corpo, dor de cabeça, vermelhidão no corpo, dores nas juntas (artralgia), náuseas e vômitos.

Segundo artigo publicado no periódico científico Nature, por Bhatt e colaboradores, há estimativa de que 390 milhões de pessoas com dengue ao redor do mundo. Em solo nacional, conforme informações do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), 813 municípios apresentam situação satisfatória em relação ao número de casos, entre eles estão São Paulo e Rio de Janeiro. Já em estado de alerta encontram-se 533 cidades e, em alto risco, são 177 – sendo a região Nordeste a mais crítica.

Como diferenciar a Dengue da Febre Chikungunya?

O infectologista Benedito Antonio Lopes da Fonseca, membro do Comitê de Doenças Emergentes da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), explica que, em teoria, pode-se fazer distinção clínica entre ambas as doenças pela “febre alta e resistência a antitérmicos. Além disso, pacientes com Chikungunya têm alta frequência de artralgia, responsável pela dor no corpo, de tal maneira que o faz andar curvado”.

Ainda que raros, outros fatores que podem ajudar na diferenciação das patologias são a conjuntivite e a artrite – que, em adição à dor articular, apresenta vermelhidão, aumento de tamanho e da temperatura local, podendo levar a perda da função em alguns casos – que são ocasionalmente observados na Febre Chikungunya.

Como tratar?

O tratamento também é semelhante, “devendo hidratar os pacientes durante a fase aguda e controlar a dor com dipirona e paracetamol. O uso do ácido acetilssalicílico (AAS) e antiinflamatórios não-hormonais deve ser evitado nas duas doenças. Porém, nos casos de Chikungunya que evoluem com dor crônica, os antiinflamatórios poderão ser utilizados, assim como os corticosteróides”, informa Fonseca.

Após a picada do mosquito, o período de incubação é em média, de três a sete dias. Entretanto, depende das características genéticas de cada indivíduo, da variante do vírus e da quantidade de vírus inoculada.

Previna-se!

Em 2014, o Ministério da Saúde incluiu a Febre Chikungunya na campanha anual de combate à Dengue. Assim, espera-se conscientizar a população para a importância de não deixar água parada acumulada.

Aproximadamente 80% dos criadores do Aedes aegyptisão residenciais, por isso o infectologista orienta que o “recurso mais importante é controlar os vetores em nível amplo, incentivando a população a controlar estes mosquitos em suas casas e com o auxílio dos programas de vigilância dos municípios”.

Os profissionais da prefeitura usam o “fumacê” para eliminar os mosquitos adultos, entretanto, se os focos onde as larvas se concentram também não forem extintos, em poucos dias o local estará infectado por transmissores novamente.

As formas de prevenção baseiam-se em evitar as picadas, logo a aplicação de repelentes no corpo e colocar telas nas janelas também são medidas que podem ajudar.

Chico Damaso/Asimp

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