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A administração municipal e segmentos distintos da sociedade local têm trabalhado em parceria para, por meio de diferentes frentes de atuação, combater o alto índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Tamarana. De acordo com o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) feito em janeiro, o registro de focos na cidade está em 11,2%. Ou seja: de cada 100 imóveis, ao menos 11 têm criadouros do vetor.

Além disso, foram confirmados pela Secretaria da Saúde do Paraná ontem (04) os três primeiros casos de dengue no município em 2020. Tratam-se de três mulheres do Jardim Esperança. Há ainda outras 46 pessoas com notificação de suspeita da doença.

Esse grave cenário fez a Secretaria municipal de Saúde se reunir com demais órgãos da prefeitura e representantes da sociedade na última quinta-feira (30) para definir ações imediatas para intensificar o combate ao mosquito. A reunião ampliada do Comitê de Combate à Dengue contou com cerca de 30 participantes.

"A dengue é um problema recorrente ano após ano, mas agora nós estamos em uma situação muito atípica por conta do índice de infestação no município. A situação de Tamarana é muito favorável para uma epidemia da doença", declarou o diretor municipal de Ação em Saúde, Leandro Feronato.

Uma dessas iniciativas passou a ser colocada em prática por igrejas, empresas e a Associação Comercial e Industrial de Tamarana (Acit), que têm enfatizado para a comunidade o fato de ser de suma importância a união coletiva contra o Aedes aegypti (que também transmite zika e chikungunya). "As igrejas, entidades e associações têm que ser parceiras nessa ação de orientação – e de cobrança – da população", afirmou o prefeito de Tamarana, Beto Siena, que participou da agenda do dia 30.

Educadores de toda a rede municipal de ensino também foram comunicados sobre o problema na segunda-feira (03), quando ocorreu a prática pedagógica que antecede o retorno às aulas, marcado para hoje (05). O recado foi dado pelo prefeito e pelo diretor de Ação em Saúde. A ideia é que os docentes se tornem multiplicadores desse alerta junto aos cerca de 1.070 estudantes do município.

Comissões encabeçadas por profissionais da Saúde – com apoio de pastas como as secretarias de Obras e de Meio Ambiente – começaram a notificar proprietários de imóveis onde focos de dengue são registrados constantemente. Os serviços de roçagem e limpeza de espaços públicos foram intensificados e, nos próximos dias, será estabelecido em um decreto municipal um rodízio entre os servidores para que verifiquem os prédios em que trabalham para eliminar possíveis criadouros do Aedes aegypti. Ao mesmo tempo, já há funcionários públicos que têm atuado nesse sentido.

Além disso, cooperados da Cooperativa de Coleta Seletiva e Reciclagem de Tamarana (Cooretam) irão visitar todos os imóveis atendidos pela coleta de recicláveis para, através de panfletos, buscar conscientizar os moradores a respeito da separação correta dos resíduos domiciliares – e do papel relevante dessa atitude para ajudar a prevenir criadouros do mosquito transmissor da dengue.

Legislação

Presentes ao encontro ampliado, a procuradora-geral do município, Jéssica Cris Affonso, e o vereador Hector Siena Gobetti se comprometeram para, em médio prazo, apresentar uma legislação que, entre outros pontos, dê segurança aos agentes de combate a endemias para vistoriar imóveis críticos e assegure instrumentos efetivos de fiscalização e punição a quem mantenha focos da dengue em seu imóvel ou permita a proliferação do mato alto em terreno do qual é proprietário.

"Estamos pensando em situações no sentido de criar leis, cobrar multas, porque, sim, o poder público é responsável, mas os depósitos de larvas estão principalmente dentro dos quintais", disse o prefeito Beto Siena. Também tem sido estudada a possibilidade de contratação emergencial de pessoal para reforçar a equipe do setor de Combate a Endemias.

Nova reunião

Os resultados do trabalho executado pela prefeitura e pela sociedade serão avaliados em novo encontro do comitê marcado para 12 de fevereiro. "Hoje, na situação em que nós estamos, não dá para você pensar só no seu. Você tem que olhar o outro também. Porque isso é um problema de saúde pública e afeta a todos. Não dá para esperar a próxima semana. A gente precisa fazer isso nos próximos instantes", cobrou Leandro Feronato.

NCPMT

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