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O deputado estadual Cobra Repórter apresentou ontem (19) à diretoria do Hospital Evangélico de Londrina, o documento em que propõe ao orçamento do Estado do Paraná de 2016, o montante de R$ 2 milhões para reforma e/ou ampliação do hospital.

O Projeto de Lei 715/2015, é uma emenda coletiva aditiva, proposta pelo deputado Cobra Repórter e assinada pelos 12 deputados da bancada do PSC na Assembleia Legislativa.

O anúncio foi feito durante 1º Encontro do Parto Humanizado promovido pela Comissão dos Direitos da Criança, do Adolescente e do Idoso da Assembleia Legislativa (CRIAI). O evento foi proposta pelo deputado Cobra Repórter e organizado pelo deputado Leonaldo Paranhos, presidente da Comissão e autor da Lei que estabelece a política de Estado para o Parto Humanizado.

O deputado Cobra Repórter destacou que houve um compromisso por parte do governo do Estado em liberar o recurso assim que os projetos forem concluídos e apresentados. “É mais um reforço para a saúde de Londrina e já obtivemos a garantia de que a verba será liberada quando os trâmites legais foram cumpridos”, afirmou.

Parto Humanizado

O 1º Encontro do Parto humanizado, realizado no auditório do Hospital Evangélico de Londrina reuniu cerca de 100 pessoas, entre elas representantes das secretarias de saúde de Londrina, Bela Vista do Paraíso, Cambé, Cafeara, Centenário do Sul, Ibiporã, Primeiro de Maio e Rolândia, além de professores e estudantes de enfermagem, funcionários do Hospital Evangélico, que é referência em parto humanizado na região Sul do país.

O Hospital já possui uma sala de parto natural ao lado do centro cirúrgico, com equipamentos como banheira, massageadores e equipamentos especiais para tornar a escolha pelo parto normal algo mais agradável para a gestante, além de uma equipe com enfermeira obstétrica, auxiliar de enfermagem, doula (assistente de parto), médico, e claro, o acompanhante.

“Esta é equipe ideal para garantir um parto humanizado”, afirmou o médico obstetra do corpo clínico do hospital Vinícius Fernandes de Souza. Segundo ele, é preciso fazer este trabalho de mobilização, convencimento das pessoas, mudança de cultura e conceito, além de mudar a cabeça do médico, hoje muito mais voltado para oferecer a cesariana. “Temos que começar nas faculdades, mudando os currículos, pois hoje os médicos são preparados para serem intervencionistas”, afirmou.

A enfermeira obstétrica Juliana Carvalho Lourenço, destacou que o número de intercorrências em partos naturais é imensamente menor do que em cesarianas, assim com a necessidade de UTI neonatal para os bebês é muito menor. “O objetivo é aumentar de 13% para 30% os partos normais e reduzir 50% dos eventos adversos”, reforçou. O hospital Evangélico já está estudando implantar uma segunda sala de parto normal no edifício.

O secretário de Saúde do Paraná, Michele Caputo Neto, que participou da abertura do evento, afirmou que o Estado está investindo no processo de capacitação para garantir a redução do número de cesarianas. “Nenhuma lei pode ser imposta, é preciso orientação. Tecnologia é muito importante, mas não substitui o carinho. Nosso trabalho [médico] é diferente, mexe com a dor, com o sentimento, não é admissível que se endureça os corações e perca o respeito pelas pessoas”, destacou.

Participaram da audiência, o diretor do Hospital Evangélico Luiz Soares Koury, os deputados Cobra Repórter, Paranhos e Tiago Amaral, o secretário estadual de Saúde Michele Caputo Neto, o secretário de Saúde de Londrina, Gilberto Martin, o vereador Tio Douglas, além de estudantes, funcionários, secretários de saúde dos municípios da região.

Meire Bicudo/Asimp

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