Epicondilite lateral: a dor que atinge os tenistas
Segundo o ortopedista especialista em ombro e cotovelo, Rodrigo Alexandre Egger, a dor é causada pela fadiga muscular
O tenista sérvio Novak Djokovic não joga mais este ano. Ele anunciou na quarta-feira (26) que iniciará um período de repouso para se recuperar de lesões no cotovelo que o acompanham desde o início de 2016. O jogador de 30 anos diz que os médicos recomendaram o descanso.
“Depois de quase um ano e meio tratando a lesão no cotovelo, tomei a decisão de não jogar mais torneios na temporada de 2017. Infelizmente, era uma decisão que precisava ser tomada nesse momento. Wimbledon foi provavelmente o torneio mais difícil, em termos de sentir a dor, que aumentou. Consultei muitos médicos nos últimos 12-15 meses e especialmente nessas últimas semanas que a lesão piorou. Todos eles acharam que eu preciso de descanso, de tempo”, declarou.
Ele não deixou claro qual a lesão que o acometeu. Uma lesão que mais afeta os tenistas na atualidade é a Epicondilite lateral. Segundo o ortopedista especialista em ombro e cotovelo, Rodrigo Alexandre Egger, do Instituto de Vídeoartroscopia, Ortopedia e Traumatologia (Ivot), de Londrina, a dor é causada pela fadiga muscular, devido ao uso de raquete inadequada ou mais pesada do que o indicado para o praticante. Uma outra possibilidade, na visão do médico, é a corda muito dura. “Gera uma fraqueza muscular e, consequentemente, uma isquemia na musculatura dos extensores na região do epicôndilo. Todos os músculos extensores do antebraço e da mão se originam lá”, apontou o ortopedista, alertando principalmente os tenistas amadores.
Para o especialista essas dores são fáceis de serem detectadas. “A dor no local é intensa e o paciente deve procurar um médico quando sentir dificuldades para segurar objetos ou então sentir uma queimação na parte externa do cotovelo”, disse.
A correção na postura do atleta e pausas para alongamentos locais são muito importantes para que se evite problemas. A epicondilite tem tratamento, mas se evitada pode prolongar a prática do exercício físico. “O uso de relaxante muscular, gelo e a fisioterapia são importantes, assim como melhorar a empunhadura, aliviando a tensão. Outra coisa é evitar usar raquetes muito duras e pesadas”, concluiu.
Rafael Souza/Asimp
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