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A unidade pública da Farmácia Popular do Brasil, em Londrina, encerrará suas atividades nesta quarta-feira (31). A medida, que já havia sido comunicada no mês passado à população, foi tomada pelo Governo Federal, por meio do Ministério da Saúde, que é responsável pela coordenação do programa que oferece medicamentos mais baratos em todo o País. No último dia de funcionamento da unidade, o público será atendido das 8 às 18 horas, na Rua Maranhão, 463, centro.

O Ministério da Saúde está suspendendo o financiamento em mais de 390 unidades próprias da Farmácia Popular em todo o Brasil. O Governo alega que tem um custo muito alto com a gestão das farmácias, mas permite que as prefeituras mantenham as farmácias em funcionamento. No entanto, para que isso seja possível, os municípios devem ter condições de custear os serviços por conta própria.

Segundo o secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, o encerramento da parceria com o Ministério da Saúde torna economicamente inviável ao Município de Londrina a manutenção da unidade apenas com recursos próprios, sem a contrapartida do convênio federal, por meio da Fundação Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz). “Infelizmente, fomos obrigados a acatar a decisão do Governo Federal e a unidade terá que fechar as portas, pois não há como financiar sua gestão integralmente. Porém, o fechamento não implicará em prejuízos no tratamento e controle das doenças crônicas de maior prevalência na população, uma vez que a grande maioria dos medicamentos disponibilizados pela Farmácia Popular já é distribuída gratuitamente nas Unidades Básicas de Saúde (UBS)”, enfatizou.

Em Londrina, o programa Farmácia Popular oferecia 125 medicamentos diferentes, incluindo antibióticos, anti-inflamatórios e antidepressivos. Deste total, apenas cerca de 20 rótulos não faziam parte da seleção de produtos oferecidos pela rede básica do Município. Os medicamentos do programa que não estiverem disponíveis nas UBSs poderão ser adquiridos nas farmácias conveniadas, ou seja, todas aquelas com a identificação “Aqui Tem Farmácia Popular”.

O secretário informou que a Secretaria Municipal de Saúde já iniciou um estudo com o objetivo de avaliar alternativas viáveis para a incorporação destes itens à lista de medicamentos padronizados que é utilizada na Atenção Básica, chamada Relação Municipal de Medicamentos (REMUME). “Em cerca de 15 dias, devemos finalizar essa análise e divulgar um parecer sobre qual decisão o Município irá tomar. A intenção é trazer para a atenção básica aqueles medicamentos que não são comuns nas UBSs de Londrina e que estavam sendo comercializados pela Farmácia Popular. O mais importante é não deixar a população desassistida e garantir o acesso aos medicamentos”, ressaltou.

Farmácia Popular - O projeto da Farmácia Popular do Brasil é desenvolvido em esquema de parceria, no qual as prefeituras administram a estrutura, com a disponibilização de funcionários e farmacêuticos para a prestação do atendimento, e o custo dos medicamentos sendo subsidiados pelo Governo.

Muitos dos medicamentos disponibilizados para as farmácias são distribuídos de graça. Outros produtos contam com descontos que vão de 75% até 90%. Os remédios são vendidos tanto para pessoas com receitas cedidas pelo SUS como para receitas feitas por médicos particulares.

O Governo Federal irá manter apenas a distribuição de medicamentos por meio de farmácias conveniadas, na variante “Aqui Tem Farmácia Popular”, que conta com gama de medicamentos reduzida, de apenas 25 itens.

N.com

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