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O governador Beto Richa autorizou nesta quarta-feira (20) o repasse de R$ 22,1 milhões para o desenvolvimento de ações na área de vigilância em saúde, por meio do programa VigiaSUS. O recurso será depositado nesta quinta-feira (21) aos 399 municípios do Estado e pode ser utilizado no financiamento do combate à dengue, zika, chikungunya e outras doenças. O aporte financeiro é somado aos R$ 10 milhões repassados para o setor no fim de dezembro, também pelo VigiaSUS, e aos outros R$ 7 milhões destinados aos municípios no início de janeiro, oriundos do programa Saúde do Viajante. “Em um mês, estamos investindo quase R$ 40 milhões nesta área. São recursos extras de custeio e capital para auxiliar as prefeituras no enfrentamento deste período mais crítico”, disse o governador. 

O dinheiro pode ser aplicado na contratação temporária de agentes de endemias, compra de veículos, aquisição de equipamentos de proteção individual, materiais para arrastão de limpeza, além de outras despesas como capacitação de profissionais, pagamento de combustível, manutenção da frota e produção de material educativo. 

Richa explica que toda a estrutura do governo está mobilizada para combater o mosquito da dengue e diversas ações estão sendo articuladas para conter o avanço da doença no Paraná. “Para que tudo isso dê resultado é preciso que o poder público e a comunidade atuem em conjunto para evitar a propagação dessa epidemia”, disse o governador. 

NÚMEROS – Desde agosto do ano passado, 2.203 casos de dengue já foram registrados no Estado. Até o momento, a doença atinge 109 municípios paranaenses, sendo que sete enfrentam situação de epidemia. São eles: Paranaguá, Mamborê, Cambará, Munhoz de Mello, Santa Isabel do Ivaí, Itambaracá e Guaraci. 

Outras nove cidades estão em estado de alerta devido à alta incidência de casos e também podem entrar em epidemia: Assaí, Santo Antônio do Paraíso, Jataizinho, Nova Aliança do Ivaí, Atalaia, Rancho Alegre, Foz do Iguaçu, Mandaguari e Ibiporã. 

PREVENÇÃO – Para o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, o momento é de reforçar o trabalho de conscientização da população, focando na eliminação dos criadouros do mosquito. “A maior parte dos focos identificados pelas equipes de saúde é encontrado no lixo e em entulhos dentro da casa ou no quintal das pessoas. Por isso, é imprescindível que cada um vistorie semanalmente seu imóvel em busca de objetos que acumulem água”, recomendou. 

De novembro para cá, o Estado já liberou a aplicação do fumacê em cinco cidades: Foz do Iguaçu, Londrina, Marechal Candido Rondon, Guaíra e Cambará. A medida é eficaz contra o mosquito adulto, na forma alada, e não atua contra a larva ou os ovos. Por isso, trabalho é feito simultaneamente a mutirões de limpeza e ações de eliminação de criadouros. 

APLICATIVO – Outra importante arma no combate à dengue é o Radar Cidadão, desenvolvido por uma empresa paranaense. O aplicativo de celular permite que a população informe o poder público sobre a existência de possíveis criadouros em casas, prédios, terrenos, órgãos públicos, parques, praças e vias públicas. 

O serviço é georreferenciado, possibilitando que o cidadão poste uma foto do potencial foco e marque exatamente o local desejado através do GPS embutido no celular. Isso facilita que as equipes de saúde apurem a demanda e tomem as medidas cabíveis, visto que as prefeituras são imediatamente notificadas. 

A iniciativa tem o apoio da Secretaria Estadual da Saúde, que já utiliza o serviço na região de Cascavel e agora pretende expandir a abrangência para todo o Paraná. Atualmente, 30 municípios paranaenses estão interligados ao sistema do Radar Cidadão. 

EXPANSÃO – O secretário Caputo Neto se reuniu nesta quarta com os responsáveis pelo aplicativo para discutir estratégias a fim de viabilizar essa expansão para todos os municípios. “Trata-se de um importante instrumento de gestão, que aproxima a população da administração municipal. O cidadão se torna um fiscal da dengue”, afirmou. 

Segundo Fernando Hallberg, um dos coordenadores do Radar Cidadão, o objetivo é fazer com a população seja realmente ouvida. “Muitos utilizam as redes sociais para reclamar de um buraco na rua ou de um criadouro da dengue. Contudo, essa demanda nem sempre chega ao poder público. Foi assim que surgiu o Radar Cidadão, para criar um canal de comunicação entre a população e o órgão público responsável por apurar e solucionar o problema”, destacou. 

O Radar Cidadão é um aplicativo gratuito, disponível na loja de aplicativos Google Play. O sistema pode ser acessado também pelo computador através do sitewww.radarcidadao.com.br.

AEN
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