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Mais 50 médicos do Estado receberam ontem (3) a segunda fase das capacitações sobre o protocolo paranaense que unifica e humaniza o atendimento a pessoas que sofreram violência sexual no Estado. O evento reuniu profissionais de quatro hospitais de referência da 15ª e 17ª Regionais de Saúde (Maringá e Londrina) para discutir o atendimento integral às vítimas.

Os médicos atuam nos hospitais da Zona Sul, Zona Norte e Maternidade Lucila Balalai, de Londrina, e no Hospital Universitário (HU), de Maringá. “O objetivo nesta fase é capacitar especificamente os médicos para que estejam aptos a fazer esse atendimento dentro do próprio hospital e serem nomeados peritos”, explica o superintendente de Atenção à Saúde, Juliano Gevaerd.

O Hospital Universitário de Maringá já utiliza o protocolo e após a capacitação vai nomear peritos ad hoc – exclusivamente para esse tipo de situação - dentro do próprio estabelecimento. “Além de uma segurança maior na elaboração do laudo da vítima, também evita que ela seja submetida mais uma vez ao constrangimento na realização de novos exames em outro local, como o Instituto Médico Legal (IML), que era antes responsável pela coleta de vestígios”, constata o médico ginecologista do HU, Amarildo José Ramalho.

Protocolo

Lançado em setembro de 2015, o Protocolo para Atendimento às Pessoas em Situação de Violência Sexual, elaborado pela Secretaria Estadual de Saúde, é inédito no País por fazer a coleta de vestígios durante o atendimento clínico nos hospitais de referência.

O documento orienta tecnicamente os profissionais de saúde quanto aos procedimentos a serem realizados no atendimento à vítima de violência sexual, como a contracepção de emergência e as profilaxias referentes às Infecções Sexualmente Transmissíveis.

Primeira fase

Até agora, a Secretaria da Saúde já capacitou 120 profissionais de 17 hospitais do Estado distribuídos por 10 Regionais de Saúde. As equipes são multidisciplinares, compostas por médicos, enfermeiros, assistentes sociais, farmacêuticos e psicólogos.

“Esses profissionais estão sendo qualificados para trabalhar de maneira integrada no acolhimento, atendimento clínico, realização de exames, coleta de vestígios e todas as etapas do processo de atenção à pessoa”, fala a chefe do Departamento de Promoção da Saúde, Maria Cristina Fernandes.

Há nove meses, as informações do protocolo já vêm orientando equipes de Unidades de Saúde, Unidades de Pronto Atendimento e hospitais de todo o Estado. “Embora a capacitação tenha ocorrido em 10 das 22 Regionais, os protocolos foram enviados a todos os serviços de saúde e estão servindo de base no momento do atendimento”, diz Maria Cristina.

Segundo ela, a proposta é que até o mês de julho a Secretaria da Saúde vai encerrar a segunda fase das capacitações e as aulas práticas. “Vamos concluir as etapas nas primeiras Regionais e até o segundo semestre a ideia é dar início a estruturação da proposta na Macro Regional Oeste, que envolve 94 municípios”, comenta.

AEN

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