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Campanha mundial realizada este mês objetiva conscientizar a população sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida

O Setembro Amarelo é uma campanha mundial de conscientização sobre a prevenção do suicídio e valorização da vida. Ontem, 10 de setembro, foi celebrado o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio.

A data, instituída pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em parceria com a Associação Internacional de Prevenção do Suicídio (IASP), tem o objetivo de trazer uma discussão maior sobre o tema e, principalmente, promover a capacitação, conscientização e sensibilização de profissionais que atuam nos serviços de saúde pública para que estejam aptos a reconhecer os fatores de risco para o suicídio. “Dados apontam que 90% dos suicídios poderiam ser evitados, ou seja, a prevenção pode impedir que outras tentativas sejam realizadas. E o primeiro passo para a prevenção é a busca de informações. Apesar de o suicídio ser um fenômeno complexo, com múltiplas causas e fatores, tais como: biológicos, psicológicos, sociais, ambientais e culturais, podemos identificar alguns sinais de alguém que está precisando de ajuda: tristeza, isolamento, desânimo, falas como “não aguento mais” ou “preferia estar morto”, perda do prazer em atividades que realizava, tentativas prévias de suicídio”, orienta a coordenadora de Saúde Mental da Secretaria de Saúde, Anna Lucia de Azevedo.

De acordo com a OMS, cerca de 800 mil pessoas se suicidam por ano em todo mundo. No Brasil, pesquisa do Ministério da Saúde, de 2016, aponta 11.433 mortes por suicídio. A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio no mundo. No que se refere às tentativas de suicídio, o número é ainda mais assustador: uma pessoa atenta contra a própria vida a cada três segundos.

Dados preliminares de 2018 registram 893 casos de suicídio no Paraná em 2018; 728 pessoas do sexo masculino e 165 do feminino. Em 2017 foram 773 casos confirmados; em 2016 foram 762 e, em 2015, 715 mortes por suicídio.

O levantamento no Estado mostra que o suicídio prevalece no sexo masculino, nas faixa etárias entre 40 a 49 anos, 30 a 39 anos e 20 a 29 anos de idade.

A grande maioria dos casos de óbito por suicídio estão relacionados a transtornos mentais, em sua maioria não diagnosticados, tratados de forma inadequada ou não tratados de maneira alguma. Em primeiro lugar está a depressão, seguida do transtorno bipolar e do abuso de substâncias.

Nos últimos anos várias entidades públicas e privadas aderiram à causa, no entanto, todos nós podemos colaborar com a divulgação da campanha a fim de dar mais visibilidade à causa.

De acordo com a psicóloga do CAPs Infantil (CAPSi), Tatiane Kally Miyamoto Koga, após detectar alguns sinais (mudanças bruscas de comportamento, isolamento, desânimo, frases que podem ser interpretadas como uma despedida), permita que a pessoa fale sobre o que está sentindo. “Tente ouvir com atenção e sem julgamentos. Evite falar que a pessoa não tem motivos para estar assim ou que a vida dela é melhor que a de outras pessoas. O sofrimento é peculiar, não julgue ou compare-a com outras pessoas”, alerta a psicóloga.

Além disso, acrescenta a profissional, auxilie a pessoa a procurar ajuda especializada com profissionais como psiquiatra e psicólogo ou centros como os CAPS (Centro de Atenção Psicossocial).

Ibiporã conta com um CAPS Adulto e um Infantil (CAPSi). O CAPS é um serviço de atendimento de saúde mental criado para ser substitutivo às internações em hospitais psiquiátricos. É um lugar de referência e tratamento para pessoas que sofrem com transtornos mentais graves, cuja severidade e persistência justifiquem sua permanência num dispositivo de cuidado intensivo, comunitário e personalizado.

O objetivo dos CAPS é oferecer atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.

Além disso, toda a Rede de Atenção Primária do município está preparada para fazer um acolhimento humanizado e uma escuta qualificada de pacientes em sofrimento psíquico. Em parceria com a Secretaria Municipal de Educação, são realizadas frequentemente palestras com alunos e professores, por meio do programa “Saúde na Escola”, e também palestras e capacitações em empresas e entidades.

Programação do “Setembro Amarelo” em Ibiporã

A equipe do CAPS infantil está realizando diversas ações para a prevenção do suicídio e promoção do bem-estar físico e emocional dos pacientes e seus responsáveis. Serão realizadas atividades como yoga, caminhada, dia da beleza (cabeleireiro e automaquiagem), dança, roda de conversa, passeio, cinema e intervenções nos grupos terapêuticos e em oficinas terapêuticas.

Amanhã (12), no Centro de Saúde Dr. Eugênio Dal Molin, médicos da Rede Municipal de Saúde participarão de uma capacitação sobre saúde mental e a campanha “Setembro Amarelo”. A palestra será ministrada pela psiquiatra do CAPS Adulto, Maria Cristina Pandolfo.

No dia 18, profissionais de saúde de Ibiporã participarão de um evento regional em Rolândia, promovido pela 17ª Regional de Saúde de Londrina, com servidores da Atenção Primária e Especializada para debate sobre o tema.

Onde procurar ajuda para prevenir o suicídio:

APS e Unidades Básicas de Saúde (Saúde da família, Postos e Centros de Saúde).

UPA 24H, SAMU 192, Proto Socorro; Hospitais

Centro de Valorização da Vida – 188 (ligação gratuita). O realiza apoio emocional e prevenção do suicídio, atendendo voluntária e gratuitamente todas as pessoas que querem e precisam conversar, sob total sigilo, por telefone, email, chat e voip 24 horas todos os dias.

A ligação para o CVV em parceria com o SUS, por meio do número 188, são gratuitas a partir de qualquer linha telefônica fixa ou celular.

Também é possível acessar www.cvv.org.br para chat, Skype, e-mail e mais informações sobre ligação gratuita.

Caroline Vicentini – Núcleo de Comunicação Social/PMI

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