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De uma semana para outra, o número de registros positivos subiu 109%. Saltou de 21 para 44, a maioria na região Sul

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) divulgou, na quinta-feira (7), o boletim semanal com os dados sobre a dengue em Londrina. As informações apontam para o risco de uma possível epidemia de dengue, pois 44 casos da doença foram confirmados, de um total de 551 notificações, do início do ano até agora. Para se ter ideia da gravidade, durante todo o ano de 2018 foram confirmados 43 casos.

De uma semana para outra o número de casos confirmados subiu 109%, pois saltou de 21 para 44 registros positivos. Destes, dois são do sorotipo 2, que é a doença no seu estágio mais agudo, que pode trazer complicações e levar a óbito, ambos na região Leste, que também registra um caso confirmado do sorotipo 1.

A região Sul é que computa a maioria dos casos confirmados da cidade. São 39 no total, sendo 32 na área de abrangência da Unidade Básica de Saúde (UBS) Itapoã e sete em outros locais da região. Todos os casos da região Sul são do sorotipo 1. A região Oeste registra um caso e o Centro também um. Em ambos não foi feito o isolamento viral. Da totalidade de 551 notificações, 27 casos foram descartados e 460 seguem em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.

Segundo o secretário da pasta, Felippe Machado, o cenário é bastante preocupante, visto que além do número alto de casos confirmados, o resultado do 1º LIRAa de 2019, divulgado no dia 22 de janeiro, registrou que 7,9% dos imóveis vistoriados continham focos do mosquito, apontando também para o risco uma epidemia de dengue. O levantamento também concluiu que cerca de 80% dos criadouros encontrados estavam em depósitos móveis, como pratos e frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros, e também no lixo, com focos do Aedes em recipientes plásticos, garrafas e latas.

Ações

De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, serão intensificadas as ações na região Sul, por ser a localidade que registra o maior número de casos confirmados. Na próxima semana, de segunda (11) até sexta-feira (15), 130 agentes de endemias vão vistoriar mais de 27 mil imóveis da região, com objetivo de eliminar possíveis criadouros do mosquito Aedes aegypti, além de orientar a comunidade sobre o combate ao vetor.

A atividade iniciará às 8 horas, em frente à UBS do Parque das Indústrias, e vai se estender para os bairros: Jardim União da Vitória; União da Vitória I, II e III; Santa Joana; Novo Perobal; São Lourenço; São Marcos; Campos Elísios; Saltinho; Parque das Indústrias; Ouro Branco; Piza; Roseira; Califórnia; San Fernando; Monte Belo; Conjunto Cafezal; Cafezal I e II; Alto do Cafezal e Acapulco.

Na região Leste, “Os profissionais confirmaram que permanece a porcentagem do LIRAa, apontando que 80% dos focos estão dentro das casas e quintais das pessoas. Além da remoção manual dos criadouros e colocação de larvicidas, estas equipes também estão utilizando bombas costais, para fazer a aplicação de um veneno que tem a mesma finalidade do fumacê, que é matar o mosquito na fase adulta”, explicou o secretário.

Machado ressaltou que o mesmo mosquito pode estar contaminado com o vírus da dengue, zika, chikungunya e febre amarela, agravando ainda mais a situação. “Por isso pedimos a colaboração de todos na luta contra o Aedes, pedindo para a população vistoriar suas casas e quintais, pelo menos duas vezes por semana, observando os lugares que podem acumular água, como recipientes, ralos, calhas, pneus, bebedouros de animais, pratos de plantas, entre outros, fazendo a eliminação dos criadouros”, solicitou.

Fumacê

No início da próxima semana está prevista a aplicação do inseticida Bendiocard por veículos de fumacê. Os carros serão enviados a Londrina pela Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (SESA). A aplicação do veneno deve começar na terça-feira (7) pela manhã, iniciando na região leste e sul. Depois, a aplicação deve ocorrer em toda a cidade, sempre com início de manhã, retornando no final da tarde até o anoitecer.

Reuniões

Todas as quintas-feiras, às 8h30, o corpo técnico da Secretaria Municipal de Saúde está se reunindo, para avaliar como foi a semana anterior e definir as próximas ações. A partir de semana que vem, as reuniões vão contar com o envolvimento dos hospitais, uma vez que em um cenário de uma epidemia será necessário contar com a retaguarda da assistência hospitalar. “Também estamos em contato constante com as UBSs, para que as ações sejam repassadas aos agentes comunitários e equipes de Saúde da Família, avaliando, semanalmente, o consumo dos insumos das unidades, relacionados a dengue, para não corrermos o risco de desabastecimentos”, afirmou Felippe Machado.

Sintomas

A diretora de Vigilância em Saúde da SMS, Sônia Fernandes, explicou os sintomas dos sorotipos 1 e 2 são parecidos (febre, dor de cabeça, mal estar), contudo, o sorotipo 2, na evolução da doença, acaba acarretando casos mais graves, levando a um comprometimento maior do indivíduo. “O aparecimento dos casos mais graves depende da sensibilidade individual da pessoa e da agressividade do sorotipo”, informou.

Havendo suspeita da doença, é preciso procurar assistência médica nas UBSs ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs). A automedicação não é indicada nos casos de suspeita de dengue, pois pode levar a complicações graves.

Dayane Albuquerque/NCPML

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