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Vereadores iniciaram ontem novo ciclo de visitas às unidades de saúde do município e apuraram que a falta de médicos se agravou no último ano

Os vereadores Gustavo Richa (PHS) e Lenir de Assis (PT), respectivamente presidente e vice-presidente da Comissão de Seguridade Social da Câmara de Londrina, reiniciaram ontem, 19, visitas às mais de 50 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e às seis Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) existentes no município para conferir as condições de atendimento à população. Nesta primeira visita, os parlamentares estiveram no Pronto Atendimento Infantil (PAI) e Pronto Atendimento Municipal (PAM). A ideia é comparar a situação atual com o que foi visto nas visitas feitas em 2014, entre os meses de abril e julho.

No relatório entregue em setembro do ano passado ao prefeito Alexandre Kireeff (PSD) e ao secretário de Saúde, Mohamad El Kadri, ao promotor Paulo Tavares, responsável pela Promotoria de Defesa da Saúde Pública de Londrina e ao Conselho Municipal de Saúde, os vereadores apontaram várias deficiências do sistema municipal de saúde, como a carência de médicos, enfermeiros e auxiliares de saúde; problemas na estrutura física das unidades e falta de equipamentos.

“Estamos voltando a todas as unidades para ver o que é preciso para melhorar o atendimento da população e como podemos ajudar neste processo”, informou o vereador Gustavo Richa, que durante a visita desta quarta-feira reuniu-se com a gerente do PAI, Ticiane Tomás de Aquino; a gerente do PAM, Glaucia Elaine Sazaka e com o diretor de Urgência e Emergência da rede municipal, Vander Oussaki. Com os números do relatório elaborado um ano atrás em mãos, o vereador fez vários questionamentos e pode constatar que a situação atual, no que diz respeito ao número de médicos, é ainda mais preocupante.

Faltam médicos

“Em 2014 apuramos que havia 28 pediatras no PAI. De lá para cá cinco destes profissionais pediram exoneração e hoje há 23, contando com uma médica que está afastada por problemas de saúde e com a coordenadora clínica. No PAM a situação é parecida: em 2014 havia 28 clínicos gerais; hoje são 22, sendo que dois estão afastados e um dedica parte do seu tempo à coordenação médica. O ideal é que as duas unidades contassem com o dobro de médicos”, apontou Gustavo Richa. O vereador lembrou, porém, que encontra-se em tramitação na Câmara o projeto de lei 113/2015, que autoriza extinção do cargo de médico plantonista e criação do cargo de médico pediatra plantonista para o PAI, como forma de tentar preencher as 42 vagas em aberto, sem necessidade de concurso público.

“Nosso maior problema é a falta de pediatras. Se não tenho o suficiente para atender a demanda, não consigo melhorar o serviço”, admitiu a gerente do PAI. Ela informou que um concurso foi realizado em maio, mas não houve procura por parte dos profissionais. De acordo com Ticiane, a demanda por atendimento aumentou muito nos últimos anos, e uma das razões é a procura por parte de pacientes de outros municípios da região, como Cambé, Ibiporã e Rolândia. Outras carências do pronto atendimento, como falta de alguns equipamentos, devem ser resolvidas com a reforma da unidade, que deve ser iniciada até o final do ano, após a transferência dos serviços do PAM para a Unidade de Pronto Atendimento (UPA ) Centro-Oeste, em fase final de construção na Avenida Leste-Oeste.

A transferência para a UPA Centro-Oeste deve aumentar a capacidade de atendimento em 30%, mas a desativação do PAM preocupa a vereadora Lenir de Assis. “Uma nova unidade está sendo criada, mas para absorver a demanda de outra. É preocupante”, argumentou a vice-presidente da Comissão de Seguridade. Na manhã da próxima quarta-feira (26) os vereadores farão nova visita, em Unidade Básica de Saúde a ser definida.

Asimp/CML

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