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A fim de diminuir o número de casos positivos de sífilis congênita no Brasil, o Ministério da Saúde, através da Secretaria de Vigilância em Saúde, pesquisou municípios brasileiros com boas práticas preventivas, de diagnóstico e de tratamento da doença. Londrina foi uma das quatro cidades escolhidas para servir de exemplo e compor o “Caderno Boas Práticas: o uso da penicilina na Atenção Básica para a prevenção da Sífilis Congênita no Brasil”, de 2015.

O livro, com 3 mil exemplares, está sendo distribuído pelo Ministério da Saúde (MS) aos municípios, para que auxilie outras Secretarias de Saúde na elaboração e implementação de projetos relacionados à sífilis congênita. Isso porque, de acordo com o MS, o número de casos da doença tem aumentado nos últimos anos, tanto no Brasil quanto mundialmente, devido principalmente às relações sexuais sem o uso de preservativos.

Em Londrina, desde 2013, a Prefeitura vem investindo em práticas de educação permanente, pactuação com profissionais de várias áreas, ações prioritárias e adequações de exames laboratoriais, tudo visando diminuir o número de gestantes com a doença. Os profissionais das 53 Unidades Básicas de Saúde receberam capacitações; foram realizadas oficinas com dois representantes de cada unidade; 50 UBSs repassaram a todos os funcionários a capacitação recebida e ainda foram desenvolvidos cursos com os profissionais de hospitais e convênios de saúde.

Além disso, a Secretaria Municipal de Saúde criou o Grupo de Trabalho multidisciplinar (GT), que interligou as informações sobre os pacientes com as unidades de saúde, hospitais e laboratórios da cidade; investiu no acompanhamento dos bebês durante seis meses para o diagnóstico e o manejo da doença; realizou capacitação na Maternidade Municipal e deu agilidade aos serviços da rede de atendimento. Agora, a intenção é expandir a experiência bem-sucedida aos pacientes não gestantes.  

Segundo a gerente de Programas Especiais da Secretaria de Saúde, Lilian de Fátima Nellessen, hoje o município identifica mais casos da doença durante a gestação  porque novos métodos laboratoriais de detecção de sífilis foram aplicados. Porém, a gerente destacou que houve uma queda no número da transmissão da doença da mãe para bebê, dado o cuidado com o tratamento.

Entre 2007 e 2014, foram notificados 274 casos de sífilis em gestantes e 183 casos de sífilis congênita em Londrina, o que demonstra que, durante o período, mais da metade de gestantes com sífilis transmitiram a doença aos bebês. Em 2014, a cidade registrou 101 casos de sífilis em gestantes e 30 casos de sífilis congênita. Já no Paraná, em 2014, 1.117 gestantes foram diagnosticadas com sífilis, sendo que 455 foram casos congênitos.

“Nosso objetivo é diminuir ainda mais os casos de sífilis congênita e dar agilidade ao atendimento feito na rede de serviços de saúde, para melhor acolher as gestantes e os recém-nascidos. Além disso, pretendemos estender nossas ações para as pessoas não gestantes também”, explicou Lilian.

O Grupo de Trabalho instaurado no Município é uma parceria da Prefeitura de Londrina com a Universidade Estadual de Londrina (UEL), através da pesquisa de doutorado da enfermeira Flavianne Lazzarini e serve de exemplo de boas práticas para outros municípios. As experiências de São Paulo (SP), Vitória da Conquista (BA) e Aparecida de Goiânia (GO) também estão no livro juntamente com a de Londrina (PR).
 

Núcleo de Comunicação/PML
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