Londrina ganha mês para debater doação de órgãos
Lançamento do “Setembro Verde” será nesta terça (1º), na Câmara de Vereadores; campanha para estimular doação prossegue ao longo de todo o mês
Pela primeira vez, Londrina vai comemorar o Dia Municipal do Doador de Órgãos e Tecidos ou “Dia Verde”, em 27 de setembro. O lançamento da campanha municipal de doação de órgãos acontece hoje (dia 1º), às 17 horas, durante a sessão ordinária na Câmara de Vereadores. A lei nº 12.175, que criou também o Setembro Verde e incluiu as datas no calendário de comemorações oficiais do Município foi criada por iniciativa da vereadora Lenir de Assis (PT) e sancionada pelo prefeito Alexandre Kireeff (PSD), em outubro de 2014.
Promovida pela Central Estadual de Transplantes do Paraná, Regional de Londrina e Secretaria Municipal de Saúde, a campanha deste ano tem como parceiros a Secretaria Estadual de Saúde (Sesa), a Câmara Municipal de Londrina e as Comissões intra-hospitalares de doação de órgãos e tecidos para transplantes da macrorregião Norte (CIHDOTT); além de contar com o apoio de diferentes entidades da sociedade civil organizada.
Lançamento - Nesta terça-feira, estarão presentes à cerimônia de lançamento do Setembro Verde a coordenadora do Sistema Estadual de Transplante, Arlene Terezinha Cagol Garcia Badoch; a coordenadora da Comissão Regional de Procura de Órgãos, Ogle Bacchi de Souza e a enfermeira Katia Fermino Silva Barbosa, representando a Secretaria Municipal de Saúde.
Segundo Lenir de Assis, o objetivo do “Dia Verde” criado no ano passado é estimular o debate pela população da possibilidade da doação de órgãos, por meio da informação e da quebra de tabus. “É preciso entender, por exemplo, o momento em que ocorre o fim da vida, para que a decisão seja tomada com muita serenidade. Sabemos que, na dúvida, os familiares optam por não doar, daí a importância de discutirmos o assunto e incentivarmos o diálogo na família para ampararmos, inclusive de forma técnica, aqueles que querem ser doadores”, afirma a parlamentar.
Ogle Bacchi de Souza reforça que campanhas como o “Setembro Verde” têm o mérito de estimular a discussão do assunto fora do momento da morte. “Quando se consegue pensar antes no assunto, se tem mais tranquilidade para decidir pelo sim ou pelo não, porque este é um ato voluntário.” Ela diz ainda que a importância da iniciativa também está em dar visibilidade às pessoas que encontram-se na fila à espera de um órgão. “A campanha é a voz destas pessoas”, define a coordenadora da Comissão Regional, lembrando que existem hoje no Brasil 32 mil pacientes aguardando um órgão. No Paraná a fila conta com cerca de 2 mil pessoas.
Asimp/CML
Leia também: