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Índice de infestação predial é de 5,3%, número que continua colocando Londrina em risco para uma epidemia de dengue, conforme classificação do Ministério da Saúde

A Prefeitura de Londrina, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), divulgou, ontem (28), o 2º Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) de 2019. Com focos do mosquito, observados em 699 imóveis, o índice de infestação predial (IIP) foi de 5,3%, número que coloca Londrina em situação de risco para uma possível epidemia de dengue, conforme classificação do Ministério da Saúde.

Os dados obtidos decorrem de vistorias feitas pelos agentes de Endemias, que percorreram 10.337 imóveis da cidade, de 13 a 18 de maio. O índice registrado em maio é inferior ao 1º LIRAa de 2019, divulgado em janeiro, que apontou uma infestação de 7,9%. Contudo, é maior do que o apontado no mesmo período do ano passado, que registrou o IIP de 4,7%.

A diretora de Vigilância em Saúde, Sônia Fernandes, disse que a SMS considera este número bastante alto, uma vez que o município registrou, no primeiro semestre, um número elevado de casos confirmados de dengue, além de seis óbitos em decorrência da doença. “Fizemos várias ações e ainda assim temos um índice de 5,3%, que deveria estar mais baixo”, disse.

A maioria dos focos (42,9%) foram encontrados em depósitos móveis como vasos, pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, entre outros. Outros 30% em lixos, como recipientes plásticos, garrafas e latas. “Os focos continuam dentro das casas das pessoas, o que é ainda mais alarmante, porque independente das nossas ações, a população não está tomando consciência e continua criando o Aedes dentro de casa”, frisou Sônia.

Segundo o levantamento da SMS, as regiões sul e centro são a que apresentam maior número de focos do mosquito, ambas com 5,79%, seguidas pelas regiões leste, com 5,13%, norte, com 5,07% e oeste com 4,89%. “O LIRAa aponta que todas as regiões da cidade estão infestadas, não existe uma que nos cause maior preocupação. Neste momento, estamos concentrando as nossas equipes nos locais que apresentam um número elevado de casos suspeitos. Os agentes estão fazendo vistoria em 100% dos imóveis e aplicando veneno com a bomba costal”, informou a diretora.

Com relação aos sorotipos, Sônia destacou que Londrina registra três circulando na cidade: Sorotipos 1, 2 e 4. “Isso demonstra que temos uma situação complicada, porque continuamos com um LIRAa alto, três sorotipos circulantes, e recentemente registramos um caso positivo de Chikungunya. Lembrando que o sorotipo 4 nunca circulou antes no município, essa é a primeira vez, e todas as pessoas podem ter dengue pelo sorotipo 4, podendo agravar a nossa situação”, alertou.

O levantamento também indica o TOP 10, das piores localidades em infestação do Aedes aegypti. No topo da lista está a sublocalidade Felicidade, na região leste, e chácara São Miguel, ambas com IIP de 31,25%. Em seguida está o PIL, também na região leste, com índice de 27,27%; Bratac, na região oeste, com 20%; Vila Casoni, no centro, com 20%; Cristo Rey, na zona sul, com 19,44%; União da Vitória I, na região sul, com 17,50%; Eucaliptos, na zona leste, com 15,91%; Jardim Europa, no centro, com 14,29%, e Santa Fé, na região leste, com 14,29%.

Durante a apresentação, a equipe da Saúde também apresentou as atividades realizadas após o resultado do 1º e último LIRAa de 2019, como palestras, exposições e passeatas sobre o Aedes aegypti em diversos locais, bem como as atividades já realizadas após a realização do 2ª LIRAa, como mutirão em escola, e as que estão em andamento: atividade de remoção de criadouros, com aplicação de inseticida, no Jardim São Jorge e no Maria Celina, região norte, e nos jardins Leonor, Santa Rita e Santiago, na região oeste.

Relatório

Com relação à situação epidemiológica de Londrina, do início do ano até agora foram notificados 9.035 casos suspeitos de dengue. Destes, 1.040 foram confirmados, 3.233 descartados, e outros 4.762 estão em andamento, aguardando o resultado de exames laboratoriais.

NCPML

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