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O diretor do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch, participou nesta quarta-feira (14), em Curitiba, da abertura do 3º Seminário Estadual sobre Síndromes Respiratórias Agudas e afirmou que as ações de enfrentamento da gripe desenvolvidas pelo Paraná estão servindo de modelo para outros Estados.

Maierovicth ressaltou que diversos avanços no país, como a ampliação dos grupos prioritários e a antecipação da campanha de vacinação, surgiram de discussões propostas pelo Paraná.

“O Paraná tem sido pioneiro em relação a diversas iniciativas e nos auxilia muito na organização da estratégia de enfrentamento da gripe em todo o país”, explicou. Maierovitch. “Além disso, a própria realização deste seminário está sendo copiada por outros Estados e percebemos que isso já está dando resultado”, complementou o representante do Ministério da Saúde. Segundo ele, esse momento de discussões entre gestores e profissionais de saúde é importante para a preparação da retaguarda de atendimento, principalmente neste período considerado mais crítico para a ocorrência de casos da doença.

O secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto, também participou da abertura do seminário e disse que as estratégias aplicadas atualmente pelo Estado estão voltadas para a melhoria da vigilância, diagnóstico e tratamento dos casos de gripe. “Nosso objetivo é reduzir o número de casos e mortes pela gripe no Paraná. Por isso, focamos em ações de prevenção e tratamento precoce dos pacientes”, informou.

Esta é a terceira edição do evento, que reuniu cerca de 350 profissionais, entre representantes de sociedades médicas, universidades, regionais de saúde, hospitais de referência, laboratórios e municípios. O encontro atualiza os profissionais de saúde sobre os protocolos e fluxos de atendimento indicados aos pacientes suspeitos com a doença.

A programação também contou com discussões sobre a preparação dos serviços de saúde para atender a demanda, que deve crescer por conta do inverno e da copa do mundo. “É possível que haja um aumento no número de casos nos próximos meses e precisamos estar prontos para atender esses pacientes da melhor maneira”, relata o superintendente de Vigilância em Saúde, Sezifredo Paz.

Para o superintendente, a Copa do Mundo é mais um fator que reforça a importância do fortalecimento da vigilância das doenças respiratórias. “Vamos monitorar de perto essa situação, pois a grande circulação e aglomeração de pessoas contribuem para a disseminação de vírus respiratórios”, destacou.

Após a pandemia da gripe, em 2009, as medidas preventivas e de controle da doença foram amplamente difundidas junto á população. Com a utilização do antiviral Oseltamivir, o tratamento ficou ainda mais eficaz, principalmente quando o medicamento é aplicado nas primeiras 48 horas após o início dos sintomas.

De acordo com a médica e coordenadora do Centro de Informações e Respostas Estratégicas às Emergências de Vigilância em Saúde, Miriam Woiski, isso ressalta a importância do diagnóstico precoce para o sucesso do tratamento. “Por muito tempo, as pessoas tratavam apenas os sintomas da gripe, com medicamentos que aliviam as dores de cabeça e a febre. Além do risco da automedicação, essa prática dá uma falsa sensação de cura”, alertou.

A principal recomendação é procurar atendimento médico ao apresentar os seguintes sintomas: febre repentina, tosse, dor de garganta, dor de cabeça, dores musculares, dores nas articulações, dores nas costas, falta de ar, cansaço, calafrio.

Durante o seminário, a Secretaria Estadual da Saúde divulgou um balanço parcial da campanha de vacinação contra a gripe no Paraná. Até à tarde desta quarta-feira, 2 milhões de paranaenses já foram vacinados, o que representa 74,31% da meta estabelecida pelo Ministério da Saúde. Com esse número, o Paraná é o estado com melhor desempenho na campanha nacional de vacinação.

Quem faz parte dos grupos prioritários da campanha e ainda não tomou a vacina deve comparecer o quanto antes a uma unidade básica de saúde. A vacina está disponível gratuitamente para idosos com mais de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e menores de cinco anos, gestantes, mulheres com pós-parto de até 45 dias, doentes crônicos, trabalhadores de saúde, indígenas e a população privada de liberdade. 

Agência de Notícias PR

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