Ministério da Saúde acompanha pesquisas sobre uso do plasma sanguíneo no tratamento da Covid-19
Uma das pesquisas monitoradas pelo Ministério investiga a eficácia da transfusão de plasma sanguíneo de pacientes convalescentes da doença
O Ministério da Saúde acompanha, diariamente, publicações científicas sobre possíveis atualizações na prevenção e combate ao coronavírus. Uma das pesquisas monitoradas pelo Ministério investiga a eficácia da transfusão de plasma sanguíneo de pacientes convalescentes da doença.
O plasma é a parte líquida do sangue. Uma pessoa que foi infectada pelo coronavírus e conseguiu se curar tem, em seu sangue, anticorpos que podem combater o vírus. As pesquisas científicas investigam a eficácia e a operacionalidade de tentar retirar esses anticorpos de uma pessoa e aplicá-los em outra.
Qualquer investigação sobre cura ou tratamento, porém, passa por etapas até ser oferecida à população. O secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde, Denizar Vianna, explica que a pesquisa sobre eficácia da transfusão do plasma, por exemplo, é um processo.
“Não é um procedimento simples: precisamos identificar qual é o melhor doador e qual é o melhor receptor. Há uma preocupação com a qualidade do plasma, porque nós também não podemos, de alguma forma, transfundir condições que possam causar danos para o indivíduo que vai receber. Ante esse procedimento, que vem sendo estudado, começamos, essa semana, uma força-tarefa no Brasil com instituições filantrópicas e instituições universitárias públicas. Elas estão formando uma frente para, rapidamente, dar uma resposta sobre isso. São vários hospitais com protocolo de pesquisa e em 30 dias teremos resultados preliminares para dar resposta a nós, gestores e secretários de Saúde, se podemos utilizar isso de forma segura para os pacientes.”
O Ministério da Saúde distribui, internamente, boletins diários com o que há de mais atual em publicações científicas sobre a Covid-19. Além de identificar artigos publicados, os técnicos do Ministério acompanham a evolução dos estudos na avaliação metodológica que determinam sua pertinência, sua validade e sua resposta às hipóteses formuladas.
O secretário Denizar explica que, por mais que seja de interesse de todos ter alguma solução o quanto antes, a validação científica de cura ou tratamento passa por várias etapas e que esse processo leva tempo:
“Há uma preocupação muito grande da população – que é totalmente pertinente – em buscar tratamentos que sejam eficazes para a Covid-19. Sabemos que, até o momento, não há nenhum tratamento e cura da doença. Todo o cuidado que é ofertado hoje ao paciente é um cuidado de suporte sintomático, por isso a comunidade científica vem, buscando alternativas terapêuticas para os doentes. Isso desde medicamentos a procedimentos. O nosso papel [Ministério da Saúde] é monitorar diariamente os estudos”.
Foram registrados até agora mais de 22 mil casos confirmados de Covid-19 no Brasil. A doença já causou mais de 1,2 mil mortes no país.
Agência do Rádio
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