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Com o objetivo de evitar a ocorrência de uma epidemia, o prefeito Alexandre Kireeff decretou, nesta terça-feira (24), Alerta Epidemiológico e estado de Emergência contra a dengue. A medida foi tomada em função da divulgação do último Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti (LIRAa), que apontou uma infestação nos imóveis da cidade de 7,9%. Além do decreto, o prefeito assinou uma solicitação, junto aos governos Estadual e Federal, para o envio de carros de fumacê para Londrina.

O índice satisfatório preconizado pela Organização Mundial da Saúde é abaixo de 1%. Entre 1 e 3,9% a situação é de alerta; acima de 3,9% a classificação é de risco para epidemia de dengue. A decisão, que será publicada no Jornal Oficial do Município ainda nesta terça-feira, foi comunicada em entrevista coletiva, que contou com a participação do secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin.

Com o decreto, o município fica autorizado a tomar uma série de medidas, como convocar servidores da Saúde e demais áreas, inclusive os que estão cedidos a outros órgãos, para atuar em ação emergencial de remoção e eliminação de criadouros; aquisições e contratações extraordinárias, de serviços e de pessoas; aquisições de insumos e equipamentos, caso sejam necessários. Também fica permitida a solicitação de atuação complementar do Estado e da União, para ampliar a eficácia das medidas tomadas.

O decreto prevê, também, que em caso de recusa ou ausência de morador que impeça o acesso em imóveis particulares, como residências e estabelecimentos comerciais, o fiscal sanitário é autorizado a lavrar Auto de Infração e Ingresso Forçado. Além deste, está autorizada a aplicação de multa, cujo valor pode variar entre R$208,23 a R$20.823,00, com base no Fator de Conversão e Atualização Monetária (FCA). As notificações aplicadas serão encaminhadas ao Ministério Público e podem ser lavradas em casos de locais críticos e de reincidência. Se necessário, o agente também pode solicitar auxílio de autoridade policial e da Secretaria de Defesa Social.

“O decreto cria condições para que o município tome providências, com mais liberdade e eficiência, para atuar no enfrentamento das condições capazes de desencadear uma epidemia de dengue no município”, frisou o prefeito Alexandre Kireeff. Segundo ele, a decisão foi tomada com base nos indicadores do 4º LIRAa, aliados a uma condição climática favorável à proliferação do Aedes Aegypti.

“Precisamos tomar medidas contundentes e envolver toda a sociedade, atuando de forma conjunta e proativa, para enfrentarmos este momento e evitar que este cenário, que aponta para a possibilidade de uma epidemia, não se concretize”, destacou Kireeff.

Para o secretário municipal de Saúde, Gilberto Martin, a situação exige extrema atenção e seriedade, principalmente devido aos períodos de fortes chuvas e calor que facilitam o acúmulo de água nos criadouros. ”Há risco de desenvolvimento de uma epidemia de dengue. Isso por temos condições climáticas altamente favoráveis à proliferação do mosquito, somada a uma presença massiva de ovos do Aedes aegypti. E a cada epidemia de dengue clássica, nós estamos mais próximos da epidemia de dengue hemorrágica, porque esta tem a maior possibilidade de acontecer quando a pessoa sofre a segunda ou a terceira infecção por diferentes tipos de vírus”, alertou.

Segundo Martin, o alto índice de infestação do mosquito transmissor da dengue em Londrina está sendo combatido para evitar que o número de pessoas diagnosticadas com a dengue também aumente. “Nós estamos no auge do momento da proliferação do mosquito e esse momento é o melhor para afastar o risco de uma epidemia. Tivemos um LIRAa de 7,9% na cidade inteira, mas temos bairros da cidade que chegamos a encontrar um índice predial de 50%, ou seja, metade das casas deram positivo para presença de larvas do mosquito. E se nós conseguirmos retirar os mosquitos do meio ambiente, consequentemente não haverá desenvolvimento da doença”, explicou o secretário.

Números – Até o momento, foram notificados 9.538 casos de dengue clássica em Londrina em 2015. Destes, 2.733 casos foram confirmados, com 2 óbitos pela doença. O 4º LIRAa, referente ao mês de novembro, vistoriou 8.909 imóveis, em 184 localidades, e apontou índice de Breteau, sobre a quantidade de Aedes aegypti encontrados em fase de desenvolvimento, em 11,2%.

A região de maior alerta, apontada pelo levantamento, foi a central (8.5%), seguida da região leste (8.4%), norte (8.3%), sul (7.7%) e oeste (6.7%). Os bairros com maior índice de infestação predial são Água das Pedras, localizado na região leste, com 50%; Parque das Indústrias Leves, também na região Leste, com 44,44%; jardim Petrobrás e Jockey Clube, ambos na região oeste, com índices de 33,33% de infestação; Aeroporto, na região sul, com 30%; Germano Balan, na região norte, com 25%, e Vila Yara, na central, com 22.2%.

A maioria dos criadouros foram do tipo D2, representando 43.2% dos focos, que são os lixos e materiais recicláveis, encontrados nas áreas externas, e 28.7% do tipo B, como vasos de plantas, bebedores de animais e pequenos objetos removíveis, encontrados dentro de casa.

Ações – Com base nos dados do LIRAa, o município começa a desenvolver um Plano de Ação, que inclui diversas iniciativas, como eliminação dos focos do mosquito, mobilização social, incluindo ações educativas junto à comunidade, especialmente nas regiões e bairros com maior incidência de focos do Aedes aegypti e número de casos de dengue. As vistorias dentro dos imóveis continuam, bem como a aplicação de fumacê, de forma intensificada.

Neste sentido, a partir de amanhã, quarta-feira (25), começam as visitas aos domicílios reincidentes, ou seja, aqueles que já foram notificados. A ação vai contar com a parceria da Defesa Civil e Guarda Municipal. Segundo o prefeito Alexandre Kireeff, o município vai atuar com rigor nas multas em imóveis já notificados e que não atenderam as recomendações da Secretaria de Saúde.

Na próxima sexta-feira (27), haverá, também, uma reunião, no Hospital do Câncer de Londrina, com representantes de igrejas, grupos de jovens, centros acadêmicos de universidades, associações de moradores, Comitê Gestor da Dengue e entidades, com o objetivo de mobilizar toda a sociedade.

O município planeja, ainda, fazer um grande movimento de mobilização, no dia 9 de dezembro, para conter o avanço da doença e diminuir a condição de multiplicação do mosquito, inclusive dentro das casas.

Sobre a doença – A dengue é transmitida através de picada pelo mosquito infectado. Os sintomas se manifestam normalmente do 3º ao 15º dia após a picada e o tempo médio de duração da doença é de cinco a seis dias. Nos casos de dengue clássica, os principais sintomas são: febre alta, dor de cabeça e atrás dos olhos, manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores, perda do paladar e apetite, náuseas e vômitos, tonturas, extremo cansaço, moleza e dor no corpo, nos ossos e articulações.

Os sintomas da dengue hemorrágica, no início da doença, são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre com maior frequência quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alarme, que são: dores abdominais fortes e contínuas, sangramento pelo nariz, boca e gengivas, vômitos persistentes, pele pálida, fria e úmida, sonolência, agitação e confusão mental, sede excessiva e boca seca, pulso rápido e fraco, dificuldade respiratória e perda de consciência.

Na dengue hemorrágica, o quadro clínico se agrava rapidamente, apresentando sinais de insuficiência circulatória e choque, e pode levar a pessoa à morte em até 24 horas. Em caso de suspeita de dengue, deve-se procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) mais próxima.

Programação


Bairros: Ponto de Encontro:

Ouro verde                                                  Igreja católica
União da Vitoria                                            UBS União
Vila Casoni e Pindorama                                Mercadão da Casoni
Clube primavera                                           UBS Aquiles
Maracanã e Panissa                                      UBS maracanã
Água das Pedras e Vila Romana                     Igreja católica da Vila Romana
 

N.Com
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