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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) já está oferecendo, em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) de Londrina, a vacina contra o vírus HPV para meninos de 11 a 15 anos incompletos (até 14 anos, 11 meses e 29 dias). A ampliação da faixa etária segue recomendação do Ministério da Saúde (MS), que anunciou, terça (20), o aumento da oferta para reforçar a cobertura da vacina em adolescentes do sexo masculino no Sistema Único de Saúde (SUS). Desde janeiro de 2017, a vacina de HPV já estava disponível em Londrina para meninos com idades de 12 e 13 anos.

De acordo com a recomendação do Governo Federal, também passam a integrar o público-alvo pessoas transplantadas e pacientes em tratamento com quimioterapia e radioterapia, na faixa etária de 9 a 26 anos. O secretário municipal de Saúde, Felippe Machado, ressaltou que atualmente as UBSs de Londrina contam com estoque suficiente de doses da vacina para atender a nova demanda ampliada pelo Ministério da Saúde.

Para receber a vacina, os interessados devem procurar a UBS mais próxima e apresentar a carteira de vacinação e documento com foto. “Trata-se uma vacina que tem baixa adesão pelo público jovem, que não costuma procurar voluntariamente os serviços de saúde. Por isso, é importante que os pais conversem com seus filhos e os orientem, conscientizando-os a se prevenir de doenças graves decorrentes do vírus HPV. Quanto às doses disponíveis, a vacina estará assegurada para qualquer pessoa que esteja inserida no público-alvo de imunização”, destacou.

A vacina contra o HPV contribui para redução, nas mulheres, da incidência do câncer de colo de útero e vulva, vaginal e anal, além de lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e outras infecções causadas pelo vírus. Entre meninos, a vacina tem como objetivo proteger contra os cânceres de pênis, garganta e ânus, além de doenças que estão diretamente relacionadas ao HPV. “Como se trata de um vírus transmitido via oral e sexual, a imunização pela vacina é a melhor maneira de prevenção contra essas doenças graves”, comentou Felippe.

Atendimentos - Segundo dados disponibilizados pela SMS, de janeiro de 2017 até o momento, 2.297 meninos foram vacinados contra HPV em Londrina, perfazendo cobertura de 30% da meta de 7.563 pessoas a serem vacinadas pelo SUS. Com a ampliação da faixa etária de meninos atendidos, que passa a ser de 11 a 15 anos, essa meta cresce para cerca de 14 mil pessoas do sexo masculino, que deverão receber a vacina até o final deste ano.

Com relação ao público feminino, neste ano 11.071 meninas, de 9 a 13 anos, receberam a primeira dose da vacina, que é o início do esquema vacinal de tratamento. Este índice representa 60% de cobertura. Do total de mulheres vacinadas, 86% procuraram as unidades de saúde para tomar a segunda dose da vacina, ou seja, 9.578 mulheres.

Em Londrina, a imunização contra o HPV foi incorporada nas unidades de saúde em 2015. Inicialmente, o acesso à vacina era direcionado a meninas de 11 a 13 anos e, a partir de 2016, o atendimento também passou a ser oferecido a meninas de 9 a 11 anos. Atualmente, portanto, as doses estão disponíveis para meninas de 9 a 13 anos.

Números - Dados do Ministério da Saúde apontam que os cânceres de garganta e de boca são o 6º tipo de câncer no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Mais de 90% dos casos de câncer anal têm origem na infecção pelo HPV.

A inclusão do novo grupo que poderá receber a vacina equivale a 3,3 milhões de adolescentes no Brasil. A meta para 2017 é vacinar 80% dos 7,1 milhões de meninos de 11 a 15 anos e das 4,3 milhões de meninas entre 9 e 15 anos.

Sobre a vacina – A vacina ofertada pelo SUS é quadrivalente, ou seja, protege contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18) e possui até 98% de eficácia para quem segue o esquema vacinal corretamente.

O esquema de vacinação contra o HPV para meninos e meninas são duas doses da vacina, com intervalo de seis meses entre elas. Para as pessoas que têm HIV, a faixa etária é de 9 a 26 anos, e o esquema vacinal é de três doses (intervalo de 0, 2 e 6 meses). No entanto, os pacientes com HIV precisam apresentar prescrição médica para poderem receber a imunização.

N.com

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