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O trabalho desenvolvido na área de saúde bucal no Paraná foi destaque no Encontro Nacional de Coordenadores da área, em Brasília. No encontro, o coordenador da Rede de Saúde Bucal da Secretaria de Estado da Saúde, Guilherme Graziani, apresentou a linha guia e diversos protocolos paranaenses. 

“A área de saúde bucal do SUS do Paraná está muito avançada. O que foi apresentado servirá de base para a aplicação em outros Estados”, afirmou a coordenadora nacional de Saúde Bucal do Ministério da Saúde, Rozangela Camapum. 

Segundo ela, o objetivo da coordenação nacional é trabalhar em conjunto com todos os Estados. “Queremos acompanhar as ações das secretarias estaduais e fazer com que os coordenadores de todo Brasil participem das discussões e da elaboração da política de saúde bucal do SUS”, comentou ela. 

ESTRUTURA - De acordo com Graziani, o sistema do Paraná está estruturado para atender toda a população. Os 399 municípios contam com equipes de saúde bucal e trabalham de maneira integrada seguindo a Linha Guia da Rede, lançada em 2014 pela Secretaria de Estado da Saúde. 

O protocolo é uma ferramenta que contribui com o trabalho dos profissionais das Unidades de Saúde dos municípios. “O profissional é orientado a avaliar o paciente como um todo e não apenas o problema dentário da pessoa”, conta Graziani. A avaliação do paciente considera, além dos critérios odontológicos, os biológicos e socioculturais para estabelecer uma estratificação de risco. 

A pessoa já sai da Unidade de Saúde sabendo em que categoria de risco se enquadra, como será o tratamento e o número de consultas que terá. Em casos mais graves, é encaminhada a hospitais de referência para receber o tratamento adequado. 

Desde o início do projeto, os profissionais passam por capacitações para estarem aptos a trabalhar com a Linha Guia da Rede de Saúde Bucal. A próxima será nos dias 16 e 20 de novembro por videoconferência com as 22 regionais de saúde do Paraná. 

CÁRIE ZERO – A meta do Estado é de que 100% das crianças nascidas em 2015 cheguem aos cinco anos de idade, em 2020, sem cárie. “É uma meta ambiciosa, mas que se o trabalho for realizado da forma em que está sendo estruturado, é possível atingir”, enfatiza Graziani. 

Para isso, a Secretaria da Saúde faz o pré-natal odontológico dentro da Rede Mãe Paranaense. Além da Saúde Bucal da gestante, o projeto trata de toda a família, para extinguir a bactéria dentro do ambiente familiar e proteger a criança que está para nascer. 

TELESSAÚDE – No Paraná, o projeto Telessaúde, do Ministério da Saúde, foi estendido para a área odontológica. O profissional que atua nas Unidades Básicas de Saúde pode contar com a opinião de um especialista para auxiliar no diagnóstico do câncer bucal. 

“Funciona como uma segunda opinião para constatar se uma lesão bucal pode ou não ser cancerígena”, explica o coordenador. O projeto, em parceria com a Universidade Federal do Paraná, é pioneiro e deixa o Paraná em posição de destaque na avaliação precoce do câncer bucal. 

CÂNCER – Guilherme Grazini alerta a população para que preste atenção em feridas em toda a região da boca e que não cicatrizam por mais de 15 dias. “Por serem pequenas, as pessoas não dão a devida atenção. Essa atitude faz com que o câncer bucal seja um dos que mais mata no País”, salienta Graziani. 

É importante ficar atento aos sinais, pois quando detectado no início, as chances de cura são altas. “O exame realizado nas Unidades de Saúde é rápido e simples e pode alertar para possíveis lesões malignas em menos de um minuto”, finaliza Graziani. 

AEN
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