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O Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas, lançado em agosto de 2015, realizou 37.597 procedimentos cirúrgicos eletivos até o mês de abril deste ano.

O objetivo do programa é reduzir a fila de espera por cirurgias de média complexidade em todo o Paraná. “Estamos cumprindo o compromisso que assumimos com os paranaenses para reduzir essas filas e garantir um atendimento mais rápido e humanizado, com recursos do Governo do Estado”, afirma o governador Beto Richa.

Pelo programa, o atendimento é gratuito para os pacientes. O objetivo inicial era realizar 30 mil procedimentos. A meta foi alcançada em menos de seis meses de programa e a nova proposta é chegar a 60 mil cirurgias até setembro de 2016. “É uma iniciativa pioneira no país e está beneficiando aqueles pacientes que muitas vezes aguardavam há anos na fila”, explica o ressalta o secretário estadual da Saúde em exercício, Sezifredo Paz.

O volume de recursos, de R$ 33 milhões previstos inicialmente para o programa, também está sendo superado. O Governo do Estado prevê aplicar R$ 50 milhões em recursos do tesouro estadual para reduzir ao máximo as filas de cirurgias eletivas. No período de agosto de 2015 a abril deste ano, já tinham sido investidos mais de R$ 25 milhões.

“Já éramos um dos estados que mais realizava esse tipo de cirurgia. Em um ano, teremos ampliado em até 35% o número de procedimentos. Além disso, é importante destacar que o Paraná é o único estado que financia as eletivas com recursos próprios”, comenta Sezifredo.

Qualidade de vida

As cirurgias eletivas são caracterizadas por não serem de urgência, mas por influenciarem na qualidade de vida dos pacientes que aguardam pelo procedimento. Elas podem ser de hérnia de disco, ortopédicas, ginecológicas e demais áreas não emergenciais.

A diarista Luzia Maria de Assis Araújo, do município de Rio Bom na região Norte do Estado, estava na fila de espera por uma cirurgia de vesícula há dois anos. “Quando consegui fazer a cirurgia, já estava em situação emergencial. Sentia cólicas muito fortes, não conseguia mais comer, dormir e muito menos trabalhar”, conta.

De acordo com o superintendente de Gestão de Serviços de Saúde, Paulo Almeida, muitas vezes uma cirurgia eletiva que não é realizada a tempo, pode se transformar em emergência. “Como não há risco eminente para a pessoa, o adiamento acaba sendo inevitável pela grande demanda de urgências. Entretanto, se não forem feitas a tempo o quadro pode se agravar”, diz.

A cirurgia de Luzia foi realizada em novembro de 2015 e, desde então, a vida dela ficou muito melhor. “Agora posso trabalhar novamente e não sinto mais nada de dores. Tinha emagrecido muito por não me alimentar direito, agora preciso é cuidar para não comer demais”, comemora.

Catarata

O Mutirão Paranaense de Cirurgias Eletivas também está alcançando resultados relevantes na área de oftalmologia. Dos 37 mil procedimentos, 17.448 foram de catarata. “Nosso objetivo é zerar a fila de espera por esta modalidade”, diz Sezifredo.

Em Marumbi, município a 40 quilômetros de Apucarana (Norte), Estésia de Paula Ferreira já esperava pela cirurgia para catarata nos dois olhos há mais de um ano. “Eu não enxergava quase nada, o pouco que via era amarelado. Cheguei a pensar que perderia a visão”, comenta.

Ela operou o primeiro olho em março e o outro em abril deste ano na cidade de Londrina. “Agora tudo mudou. Estou enxergando tudo. Tudo colorido. Agora posso cozinhar e limpar a casa, enxergo até os fios de cabelo no chão”, conta Estésia.

AEN

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