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O número de transplantes realizados no Paraná passou de 541, em 2015, para 718, em 2016. O aumento de 33% marca mais um recorde na realização dos procedimentos e representa uma média de dois transplantes de órgãos por dia no Estado no último ano. 

“Começamos este ano na segunda posição de estado com melhor desempenho do país na área de doação de órgãos. Antes de assumirmos a gestão, o Paraná estava em 10º lugar neste ranking. Em apenas seis anos, subimos oito posições e isso é motivo de sobra para celebrarmos”, comemora o secretário estadual da Saúde, Michele Caputo Neto. 

Os dados da Associação Brasileira de Transplantes de Órgãos (ABTO) são reflexos do crescimento expressivo de resultados na área nesta gestão. “O número de procedimentos praticamente triplicou. No ano de 2010 foram 169 transplantes, um aumento de mais de 300%”, salienta a diretora da Central estadual de Transplantes (CET), Arlene Badoch. 

ÓRGÃOS – No total, entre 2010 e 2016, foram realizados 3031 transplantes entre coração, fígado, rins e pâncreas. O maior avanço verificado foi nos procedimentos de transplante de pâncreas, que passaram de cinco, em 2010, para 44 em 2016 – o que representa 780% de aumento. 

Os transplantes de fígado (42, em 2010, para 213, em 2016) e rins (107, em 2010, para 434, em 2016) tiveram um aumento de 407% e 306%, respectivamente. Diagnosticado com hepatite B e depois de esperar quatro meses, Henrique de Almeida Lara, 55 anos, foi transplantado de fígado. 

“Eu já me sentia morto. Passei quase um ano direto no hospital, revezando entre UTI e enfermaria, não aguentava mais. Agora estou 100%, como se nunca tivesse passado por um transplante”, comemora Henrique, que passou pela cirurgia em junho no ano passado. 

O transplante de coração também aumentou, passando de 18 procedimentos em 2011 para 27 em 2016. Gerson Barbalho Benedito, 51 anos, recebeu um novo coração no mês de julho, após aguardar um ano na fila de espera em Curitiba. Antes da cirurgia, o ex-padeiro precisou largar a profissão por não poder fazer mais nenhum tipo de esforço. 

“O médico disse que só 25% do meu coração funcionava. Eu não conseguia nem andar mais. Pouco movimento já me deixava muito cansado, era um sufoco”, conta. Quase seis meses após a cirurgia, já está voltando a caminhar. “Acordo cedo todos os dias e vou dar uma volta. Agora a vida está muito melhor”, comemora Gerson. 

REDUÇÃO – O trabalho do Governo do Estado, por meio da Central Estadual de Transplantes, também impactou na fila de espera por um órgão no Paraná. Em 2010, aproximadamente 3,3 mil pessoas aguardavam por um transplante no Estado. Hoje esta fila caiu pela metade e mantém 1.724 cadastros. 

Para que o número de transplantes continue progredindo e o tempo de espera por um órgão diminua cada vez mais, a CET incentiva o debate sobre o tema. “Nos empenhamos imensamente para sensibilizar a população sobre a importância da doação de órgãos que é, muitas vezes, a única chance de um paciente continuar vivendo”, diz Arlene. 

A diretora explica que para se tornar um doador de órgãos não é necessário deixar nada por escrito ou assinar documentos. “A doação só acontece após a autorização dos familiares mais próximos, por isso sempre enfatizamos que a vontade de se tornar um doador deve ser abordada e informada no ambiente familiar”, complementa. 

AEN

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