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Nesta sexta-feira, dia 14, é o Dia Mundial do Diabetes, uma das síndromes metabólicas mais comuns no Brasil. Segundo dados do Ministério da Saúde, a quantidade de pessoas com a doença passou de 5,5% para 6,9% do total da população brasileira entre os anos de 2006 e 2013. E uma possível solução para a redução desse índice está na mudança dos hábitos alimentares da população, a partir do consumo de alimentos que atuem como inibidor da síndrome.

Seguindo essa linha, a pesquisadora Danniella Xavier, do Programa de Pós-Graduação em Tecnologia de Processos Químicos e Bioquímicos do Câmpus Pato Branco da UTFPR, desenvolveu uma farinha de trigo integral com grande potencial inibidor do índice glicêmico, ou seja, que atua diretamente na prevenção da síndrome do diabetes.

Para o desenvolvimento do produto, uma farinha integral mais enriquecida, foram utilizados dois alimentos bastante comuns na casa dos brasileiros: o feijão e a goiabada. “A composição química dos grãos e das farinhas de feijão indicou riqueza de nutrientes. Para agregar maior valor funcional, obteve-se goiabada microencapsulada concentrando em sua composição alguns parâmetros como proteínas, carboidratos, cinzas, potássio, sódio, vitamina C, compostos fenólicos e flavonoides totais”, explica a pesquisadora.

Para testar o novo composto, pequenos bolos foram produzidos e submetidos a uma análise clínica com voluntários portadores de diabetes mellitus tipo 2, não insulino. Como resultados, os testes apontaram que com bolo com a farinha enriquecida resultou ser viável como inibidor do índice glicêmico, uma forma de mensuração do diabetes, para 80% dos casos. “Assim, a formulação desenvolvida pode ser uma alternativa como ingrediente funcional e nutricional no desenvolvimento de novos produtos alimentícios e, em particular, para produtos de panificação”, completa Danniella.

O resultado se torna ainda mais relevante tendo em vista que o diabetes aumenta proporcionalmente com a idade. Dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), divulgada pelo Ministério da Saúde no último mês de abril, apontam que a proporção de diabéticos entre 18 e 24 anos é de 0,8%, índice que salta para 22,1% caso a faixa etária avaliada seja acima dos 65 anos.

A pesquisa, que levou dois anos para ser desenvolvida, foi uma das homenageadas do Congresso da União Internacional de Ciência e Tecnologia de Alimentos, realizado no último mês de agosto na cidade de Montreal, no Canadá.

Asimp/UTFPR

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