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Na manhã de hoje (21) diversas secretarias municipais de Londrina estiveram reunidas para planejar as ações de combate ao mosquito transmissor da dengue, o Aedes aegypti e alertar a população para o risco de epidemia. O encontro foi realizado às 10h, na Villa da Saúde, que fica na Rua Jorge Casoni 2.350, Centro.

De acordo com os técnicos da Secretaria Municipal de Saúde, o primeiro Levantamento Rápido de Infestação do Aedes aegypti (LIRAa) do ano, realizado este mês, apresentou um dos maiores índices dos  últimos anos, o que pede ações emergenciais. “Nosso LIRAa deu 10,1%. O ideal é 1%. No ano passado, nesta mesma época deu 7,4%. Então, temos um risco de epidemia e, por isso, precisamos desenvolver uma série de trabalhos para diminuir os criadouros do mosquito, manter as notificações em baixa e os casos de dengue também”, disse o secretário de Saúde, Mohamad El Kadri.

O aumento do índice se deve a fatores como a ocorrência maior de chuvas em relação ao mesmo período do ano passado e às altas temperaturas da estação. “As chuvas começaram antes do tempo este ano e as temperaturas estão altas. Por isso é importante que a população entenda que não pode deixar objetos que acumulam água, porque o foco do mosquito sobrevive até 400 dias sem água e quando chove ele eclode”, afirmou a gerente de Vigilância Ambiental, Mirna Germiniano.  

Ações atuais e futuras

Uma das ações realizadas pela Prefeitura é o pedido à Secretaria da Saúde do Estado do Paraná (SESA) para a vinda de 15 carros que dispersam o inseticida, popularmente conhecido como fumacê. Além disso, desde a semana passada, oito equipes com dois agentes municipais de endemias cada, equipadas com UBV costais (ultrabaixo volume), estão dispersando o inseticida nas regiões com mais casos confirmados e suspeitos de dengue.

Desde dezembro, os 247 agentes de endemias também já vinham recolhendo dos domicílios o lixo e outros materiais que poderiam acumular água parada. Agora, a Prefeitura deve iniciar o trabalho de mutirões de limpeza que vão envolver as Secretarias de Saúde, Ambiente, Agricultura, Obras e Pavimentação, Administração de Cemitérios e Serviços Funerários de Londrina (Acesf), Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU) e as Secretarias de Educação Municipal e Estadual.

De acordo com o integrante da comissão técnica de combate à dengue, Elson Belisário, para recolher todo o lixo e o material acomodados de forma irregular nas casas e quintais será preciso, em 15 dias, visitar 50 mil domicílios, utilizar 15 caminhões diariamente, e dispersar fumacê com a ajuda de 15 carros e as oito equipes do fumacê costal.

“Precisamos do envolvimento de toda a cidade, porque temos alguns dias antes que comecem a aparecer novos casos. O índice é muito alto e de difícil controle, mas se a população pegar 10 minutos de seu tempo para inspecionar seus imóveis e quintais e retirar as possibilidades do mosquito se desenvolver, a gente consegue reduzir isso em 50% em questão de horas. Nós não temos agentes para cada um dos 220 mil domicílios da cidade, mas podemos ter um agente multiplicador e preventivo que é o próprio morador. Basta a população ajudar, porque ainda é possível evitar uma epidemia”, explicou Belisário.  

Belisário lembra que o perigo de se ter um número muito alto de mosquito da dengue está no fato que a partir da segunda quinzena de fevereiro, de acordo com os dados da Secretaria de Saúde, tende-se a aumentar os casos notificados da doença, ou seja, o perigo aumenta porque há mais mosquito transmissor da doença e mais pessoas infectadas.

“As pessoas devem chegar em casa e procurar cuidar do imóvel, olhar os vasos sanitários com pouco uso, vasos de plantas, bebedouros dos animais, verificar se no quintal há objetos jogados como latas, garrafas e pneus, ver os ralos, porque tudo isso evita o desenvolvimento do mosquito. Com menos mosquito, há menos casos da doença até porque cada vez mais há o risco da dengue hemorrágica”, completou o integrante da comissão.

Resultados do LIRAa

Segundo o levantamento da Secretaria de Saúde, a região norte foi a que apresentou o índice maior: 11,08%. Ela engloba 57 mil imóveis, sendo que a maior parte dos criadouros do mosquito foi encontrada em vasos de plantas, bebedouros de animais, produtos da linha branca e em materiais recicláveis.

Em seguida, vem a região Central, onde a cada 10 imóveis visitados, um havia focos da dengue, ou seja, o índice ficou 10,68%. Já na região leste o índice ficou em 9,97%; na oeste ficou 9,34% e na sul 9,15%. De toda a cidade, o único bairro em que o índice ficou abaixo de 3%, foi o Mister Thomas com 2,44%.

Os criadouros mais comuns são os plásticos, garrafas, pneus e lixo (45,2%), seguidos de bebedouros de animais, vasos de plantas e materiais da linha branca (31,3%). A maioria dos focos está nas residências (86,7%), sendo que 93,3% estavam em materiais depositados em quintais. Os fundos de vale e terrenos baldios concentraram 13,3% dos focos. Ao todo, foram inspecionados mais de 9 mil imóveis e 7.687 leituras laboratoriais de amostradas foram realizadas.

Núcleo de Comunicação/PML
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