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Lúcia está dirigindo o seu automóvel sobre uma ponte. Repentinamente, ela começa a sentir muito medo. Seu coração bate forte e rápido, e ela começa a sentir dores no peito. Suas mãos começam a ficar frias, pálida, e gotas de suor começam a sair da sua pele. Sente-se como se estivesse prestes a sufocar, e tem quase a certeza de que vai morrer em poucos segundos. Grita, pedindo socorro.

Luís, seu marido, ao seu lado, imediatamente agarra o volante e, com muita dificuldade, consegue estacionar o carro com segurança. Com muita pressa e muito desespero, o marido se dirige a um Pronto Socorro, para que sua esposa possa ser atendida por um médico. Enquanto chega ao local, a crise vai melhorando e, em menos de dez minutos, Lúcia fica bem. Mesmo assim, ela passa por exames clínicos, e a conclusão é Ataque de Pânico.

Sintomas do Ataque de Pânico

O principal sintoma é a sensação súbita de apreensão extrema, medo ou terror, muitas vezes, associado a sentimentos de uma catástrofe iminente.

Sintomas físicos podem incluir falta de ar, palpitações, dor no peito, sudorese, sensação de sufocamento e medo de enlouquecer ou perder o controle. Os sintomas são, muitas vezes, tão intensos, que levam os pacientes a acreditarem que estão tendo um ataque cardíaco.

Durante os ataques de pânico, as pessoas podem se sentir dissociadas do mundo, e até mesmo de si mesmas. Muitas relatam que parece que estão saindo do seu próprio corpo. Alguns relatam ter a impressão de estarem assistindo a um filme de si mesmos e muitos acham que estão enlouquecendo. Um ataque de pânico, geralmente, dura de cinco a trinta minutos, mas pode se estender por horas. Embora os ataques de pânico ocorram, normalmente, durante o dia, eles também podem ocorrer durante a noite – às vezes, acordando a pessoa de um sono profundo. Por causarem sintomas por todo o corpo, ataques de pânico podem ser confundidos com doenças neurológicas, gastrointestinais, cardíacas ou pulmonares.

Um ataque de pânico pode ser um evento isolado ou ocorrer repetidamente por uma situação específica. Algumas pessoas desenvolvem ansiedade antecipatória quando estão em situações em que têm ataques de pânico anteriormente, como dirigindo ou andando sobre uma ponte, fazendo compras em uma loja lotada ou esperando na fila.

O denominador comum é uma situação que faz a pessoa se sentir em perigo e incapaz de escapar. Um ataque de pânico também pode ser um sintoma de outro transtorno de ansiedade, como transtorno do pânico, fobia específica, transtorno de estresse pós-traumático ou transtorno de ansiedade generalizada. Nesses casos, no entanto, um ataque de pânico é um dos muitos sintomas.

Causa

A causa biológica subjacente de ataques de pânico não é conhecida. No entanto, os pesquisadores teorizam que ela envolve anormalidades nas áreas do cérebro responsáveis por interpretar as ameaças potenciais, tais como a amígdala, locus coeruleus e hipocampo. Desequilíbrios da norepinefrina e serotonina, neurotransmissores, podem também desempenhar um papel relevante nos ataques. Estudos revelam que, ao longo da vida, quase uma em cada quatro pessoas psiquicamente normais podem ter, pelo menos, um ataque de pânico isolado.

Quem está em risco?

Pessoas com ansiedade ou transtorno de humor estão em maior risco de ataques de pânico. O uso de estimulantes, tais como metilfenidato (Ritalina), cafeína ou cocaína, também pode promover ataques de pânico.

Sintomas do Ataque de Pânico

• Sensação súbita de medo, terror ou catástrofe iminente.

• Respiração curta e rápida, sudorese, palpitações, dor no peito e sensação de abafamento.

Texto extraído do livro “Livre para viver“, de Dr. Roque Savioli.

Dr. Roque Marcos Savioli CRMESP 22.338 Formado pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos em 1974. Residência Médica em 1975 e 1976 no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, obtendo o título de especialista em Cardiologia, pela Segunda Clínica Médica, Serviço do Prof. Luis Vénere Décourt. Desde 1977 é integrante do Corpo Clínico do Instituto do Coração do HC-FMUSP , atualmente lotado como Médico Supervisor da Divisão Clínica – Unidade de Cardiogeriatria. Doutor em Medicina pela FMUSP  e integrante da Sociedade Paulista e Brasileira de Cardiologia .Escritor de vários best sellers no Brasil e no exterior e membro da  Academia Cristã de Letras e do Instituto de Geografia e História do Estado de São Paulo. Autor também de livros publicados pela Editora Canção Nova. Apresentador do programa “ Mais Saúde “na Rede Canção Nova de Radio (AM).

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