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Para incentivar o aumento da ingestão desses alimentos, Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros, com produtos típicos e dicas saudáveis da culinária brasileira

O consumo recomendado de frutas e hortaliças na região Sul está acima do índice nacional (24,1%). Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a ingestão necessária é de pelo menos 400 gramas desses alimentos diariamente. Para estimular o consumo da alimentação saudável capaz de promover mais qualidade vida, reduzindo a obesidade, diabetes, hipertensão e outras doenças, o Ministério da Saúde lançou o livro Alimentos Regionais Brasileiros. A publicação traz dicas de como cozinhar com mais saúde e pratos típicos de cada região do país.

 “A diversidade culinária e variedade de frutas e hortaliças do Brasil possibilita à população manter uma alimentação saudável. O livro Alimentos Regionais é um marco importante no compromisso do governo brasileiro para priorizar a alimentação segura e mais saudável, valorizando a cultura e os saberes das práticas regionais”, destacou o ministro da Saúde, Arthur Chioro.

Os dados da pesquisa Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2014) mostram que as capitais da região Sul estão entre as dez cidades que mais consomem frutas e hortaliças. Florianópolis, com 35%, é a cidade com o melhor índice em todo país. Seguida de Curitiba (30%) e Porto Alegre (29%).

Além de frutas e hortaliças, o Vigitel traz ainda outros dados importantes sobre a alimentação dos brasileiros. O estudo mostra que 29,4% da população ainda consome carne com excesso de gordura. No Sul, Curitiba é a capital em que o consumo é maior, com 32,7%. Porto Alegre (29,3%) apresenta índice semelhante ao nacional. Já Florianópolis (25,7%), está entre as capitais com o melhor percentual em relação ao restante do país.

A pesquisa apontou também que o brasileiro tem diminuído a ingestão de refrigerante. O consumo desse produto diminuiu 20% nos últimos seis anos. No entanto, mais de 20,8% da população faz uso de refrigerantes cinco vezes ou mais na semana. O Sul lidera a primeira posição das capitais que mais tomam o produto: Porto Alegre (29%). Já Curitiba (26%), também tem alto consumo, enquanto Florianópolis tem o menor índice da região, 174%.

Quando se trata do alimento mais consumido pelos brasileiros, o Vigitel mostrou que o consumo regular de feijão em cinco ou mais dias na semana é de 66%. No Sul, todas das cidades estão com índice inferior ao do país.  Neste item, o maior percentual foi em Curitiba (51,4%). Já Porto Alegre, tem 49,5% e Florianópolis 38,8%.

Alimentos regionais

Desenvolvido como complemento do Guia Alimentar para a População Brasileira, lançado em novembro de 2014, o Alimentos Regionais Brasileiros pretende incentivar especialmente o aumento do consumo de frutas, legumes e verduras. A publicação faz parte da premissa principal do Guia Alimentar que é a de a base da alimentação seja feita com alimentos frescos (frutas, carnes, legumes) e minimamente processados (arroz, feijão e frutas secas), além de recomendar que sejam evitados os produtos ultraprocessados (como macarrão instantâneo, salgadinhos de pacote e refrigerantes).

Além de orientar sobre o tipo de alimento (características e uso culinário), o Alimentos Regionais traz informações de como comer e preparar a refeição, uma lista de possíveis substituições para as preparações desenvolvidas, ressaltando a diversidade cultural brasileira. A intenção é proporcionar a população o conhecimento das mais variadas espécies de frutas, hortaliças, leguminosas, tubérculos, cereais, ervas, entre outros existentes no país.

Para a edição do livro, que revisa a versão de 2002, foram realizadas seis oficinas culinárias, uma em cada região do país e duas na região Nordeste. O foco foi o preparo de receitas culinárias contendo frutas, verduras e legumes disponíveis nos locais e pratos tradicionais da cultura alimentar dessas regiões, nas quais esses alimentos pudessem ser adicionados sem descaracterizar a comida. A versão digital já está disponível no portal do Ministério da Saúde.

Gabrielle Kopko/Agência Saúde
 

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