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A Secretaria Municipal de Saúde tem atendido, por meio da Gerência de Vigilância Ambiental, diversas denúncias referentes ao alto número de carrapatos encontrados em Londrina. Apesar da infestação ser comum no verão, por conta do ciclo de vida do animal, mesmo no outono tem ocorrido alto índice de carrapatos em animais e imóveis de várias regiões da cidade. Os carrapatos são transmissores de diversas doenças que podem acometer animais domésticos, silvestres e pessoas.

Segundo o médico veterinário da Vigilância Ambiental da Secretaria Municipal de Saúde, Valmor Venturini, existem diversos tipos de carrapatos e eles podem transmitir doenças diferentes. “O mais preocupante é o carrapato estrela, comum em cavalos, capivaras e roedores. Se o carrapato estiver infectado com a bactéria riquétsia, ele pode transmitir a febre maculosa, uma doença grave que, se não for tratada, pode levar a pessoa à morte. Outra doença que é transmitida por carrapatos é borreliose, ou doença de Lyme, também causado por uma bactéria. Essa doença pode ser transmitida pelos carrapatos encontrados em animais domésticos”, explicou.

O veterinário ressaltou que em todos os casos a prevenção é muito importante. “A melhor medida preventiva é a guarda responsável. O proprietário deve manter seu animal em um local limpo e protegido, evitando que ele saia do seu espaço e seja contaminado. Mas, caso seja identificada a presença de carrapatos no ambiente ou no animal, deve ser feita a aplicação de veneno nos terrenos e quintais, uma vez ao mês ou conforme orientação do veterinário responsável. É importante também que, a cada aplicação, seja trocado o princípio ativo do veneno, para que os carrapatos não consigam adquirir resistência. Durante a infestação, apenas 5% dos carrapatos estão no animal, os demais se encontram no ambiente. Por isso é essencial cuidar do espaço onde o animal vive”, frisou.

De acordo com a gerente de Vigilância Epidemiológica da SMS, Maria Fátima Akemi Iwakura Tomimatsu, em 2017 não há casos autóctones confirmados de pessoas com febre maculosa em Londrina. No entanto, em Rolândia foi confirmado um caso de pessoa contaminada com febre maculosa. E em Cambé, foi confirmada uma paciente com a Doença de Lyme (Borreliose). “Isso nos deixa em alerta, pois são casos em cidades muito próximas de Londrina, e cujas origens dos contágios não estão suficientemente esclarecidas. A febre maculosa e a doença de Lyme são graves, mas com tratamento eficaz se o diagnóstico for rápido. Por isso, caso a pessoa apresente febre, dores no corpo, mal estar, lesões de pele e esteve em viagem ou passeios em locais com animais silvestres, ou foi picada por carrapato, deve procurar um serviço de saúde mais próximo”, destacou.

Fátima esclareceu que o contágio ocorre somente se o carrapato estiver contaminado com a bactéria. E também caso o carrapato permaneça por cerca de 4 horas em contato com a pessoa, no caso da febre maculosa, e por mais de 24 horas, no caso da doença de Lyme. Os sintomas não costumam ser imediatos, levando até 14 dias para manifestação no caso da febre maculosa, ou mais de um mês na doença de Lyme. 
 
A gerente de Vigilância Epidemiológica informou que a prevenção envolve cuidados com o corpo: usar botas e calçados fechados, blusas de manga longa e calças compridas para evitar a picada, principalmente se a pessoa desenvolve atividades próximas a animais que abrigam carrapatos ou em atividades de lazer, como pescarias. “Se a pessoa localizar o carrapato em contato com seu corpo, deve retirar cuidadosamente e lavar o local, pois a picada não significa que houve contágio da bactéria”, destacou.

Em caso de dúvidas quanto ao tipo de carrapato encontrado e quais as formas de erradicação indicadas, a Vigilância Ambiental da SMS oferece orientações. Basta entrar em contato pelo telefone 3372-9407.

N.com

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