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Transtorno de ansiedade generalizada: sintomas, causas e tratamentos

Antes de falar propriamente do Transtorno de Ansiedade Generalizada (TAG), gostaria de esclarecer que ele faz parte do grupo dos transtornos de ansiedade. Sendo comum em nosso meio e com maior predominância por ter junto dele outras doenças emocionais.

Normalmente, quem tem TAG não possui apenas esse transtorno, mas possivelmente traz junto de si algum outro, como pânico, agorafobia, fobia social ou específica. Mas é válido lembrar que não é uma regra! Dentro da ansiedade é comum a associação de transtornos associados a ela. Outro fator interessante é que se trata de uma doença comum a ambos os sexos, tendo uma predominância nas mulheres, sendo que, a cada duas mulheres, um homem apresenta o transtorno.

A pessoa que sofre desse transtorno fica boa parte de seu tempo preocupada com alguma coisa. Mas com o quê? Qualquer coisa! Tudo que está a sua volta gera ansiedade. Por exemplo: se uma pessoa manda uma mensagem dizendo que precisa falar urgentemente com ela, imediatamente a pessoa que tem TAG começa a pensar: O que será? Será que é grave? Será que fiz alguma coisa que a deixou chateada? Ela começa a entrar em um processo ansioso, sofrendo até mesmo reações corporais, pois experimenta a angústia de não conseguir responder as perguntas que são geradas em sua cabeça, as quais normalmente são negativas. É bem provável que essa pessoa apresente um pensamento catastrófico, pois acredita que o pior sempre vai acontecer, mesmo em situações que aparentemente são simples e corriqueiras.

O que ainda não existe passa a ser angustiante para quem tem TAG. A pessoa fica criando inúmeras situações de consequências negativas e sofre.

Sintomas

Sintomas comuns de quem tem TAG são: palpitações, dor ou pressão no peito, sensação de falta de ar, sensação de cabeça “vazia”, suor nas mãos, tremor, agitação, formigamento e tensão muscular. Tudo isso acontece, porque a pessoa não consegue pensar em outra coisa, a não ser na catástrofe que logo vai acontecer. Isso segundo sua cabeça, que pensa de forma disfuncional (contrário à realidade) nesse momento. Ou seja, errada!

Essas questões geram sofrimento para a pessoa, pois ela fica o tempo todo tentando se controlar. Existe um esforço para que as pessoas à sua volta não percebam que isso está acontecendo. Outras preocupações comuns são: “Há sempre perigo por perto!”, “Eu preciso estar sempre pronto para responder, e responder certo!”, “Não posso perder o controle”, “Preciso da resposta nesse momento, e tem que ser agora!”, “Não posso me deixar dominar por minhas emoções”, “Não consigo viver o momento presente. É difícil demais!”, “Eu preciso evitar coisas que me deixam ansioso.”

O interessante é que a sociedade deseja pessoas assim. Quem tem TAG é extremamente responsável, quer fazer tudo certo, da melhor maneira. A questão é que se torna tão exigente, que já não permite erros. E qualquer situação que, aparentemente, não dê certo, a ansiedade e o sofrimento psíquico se instalam.

Tratamento

O tratamento desse transtorno pode ser medicamentoso e psicoterápico. Lembrando que a terapia ajuda a pessoa a sair do sofrimento e dar uma resposta diferente àquela que tem dado. O medicamento é bom e importante, mas por um tempo; não se pode depender dele eternamente, por isso a ajuda psicológica é fundamental.

Aline Rodrigues é missionária da Comunidade Canção Nova, no modo segundo elo. É psicóloga desde 2005, com especializações na área clínica e empresarial e pós-graduada em Terapia Cognitiva Comportamental. Possui experiência profissional tanto em atendimento clínico, quanto empresarial e docência. Autora do livro “Conversando sobre ansiedade: aprenda a vencer os seus limites”, pela Editora Canção Nova.

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