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Antigamente, aparelho nos dentes eram coisa de criança ou adolescente mas a preocupação com a qualidade de vida, aparência, e principalmente o avanço da tecnologia na área da odontogeriatria, fizeram com que atualmente cada vez mais vovôs e vovós também andem por aí com um “sorriso metálico”.

De acordo com a professora da Unopar Paula Oltramari-Navarro, especialista em ortodontia, não existe mais uma idade limite para corrigir a dentição: “O que se faz é uma avaliação de cada paciente”, explica.

Ao contrário do que se pensa, a idade pode trazer vantagens para esse tratamento: “O paciente adulto procura o dentista por iniciativa própria, não é levado pelos pais; além disso, geralmente ele tem mais disciplina, segue as orientações com relação à higienização e tem um grande comprometimento com o tratamento, o que faz toda a diferença”, pontua Paula.

No entanto, é preciso levar em consideração que na idade adulta não existe mais crescimento esquelético e sim uma acomodação, o que implica em resultados mais lentos. Além disso, é muito comum pacientes adultos apresentarem ausências dentárias, outro fator limitante.

Por conta de situações assim, a professora Paula destaca a importância de um tratamento multidisciplinar: “Quando se faz necessária uma mudança esquelética muitas vezes é preciso fazer uma cirurgia, ou colocar uma prótese; outras vezes precisamos recuperar alguns dentes ou trocar restaurações para depois prosseguir com a ortodontia”.

A tecnologia não só diminuiu o tempo de tratamento mas também oferece materiais mais confortáveis e discretos. Os profissionais desta área buscam priorizar a estética e a questão funcional com tratamentos objetivos, que não sejam muito prolongados e resolvam a queixa principal do paciente.

“A expectativa de vida hoje é muito maior e por isso qualquer pessoa que sentir necessidade de buscar tratamento deve passar por uma avaliação profissional. Não adianta viver muito tempo, é preciso viver bem e a saúde bucal é fundamental para a qualidade de vida. A ortodontia pode ajudar muito os pacientes adultos, tanto para corrigir um sorriso como para melhorar problemas de mastigação, fonação, deglutição e até respiração”, conclui a professora.

Paula Oltramari-Navarro é professora do Curso de Pós-Graduação em Odontologia, Área de Concentração Ortodontia da Unopar; cirurgiã-dentista e pós-doutora em Ortodontia.

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