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Antes de falar sobre essa intolerância, precisamos saber o que é glúten, como ele é formado e em quais alimentos nós os encontramos.

O glúten é formado a partir de duas proteínas: gliadina e glutenina, as quais compõem 80% do trigo, e também estão presentes em outros cereais como cevada, centeio, malte e aveia por contaminação. Ele tem como função deixar a massa mais elástica para ser trabalhada e mais resistente para não arrebentar quando esticada, além disso tudo, também faz o pão crescer.

Quais são as pessoas que não podem consumir glúten?

Existem três grupos de pessoas que, realmente, têm problemas com o glúten:

Celíacas: uma doença autoimune, ou seja, o próprio organismo rejeita a substância. É de origem genética.

Alérgicas: essas pessoas vão ter sintomas de alergia, uma reação exagerada, imediata ou de curto prazo, do sistema imunológico a uma proteína específica. Normalmente, é acompanhada por sintomas nas vias respiratórias ou na pele, como rinite e urticária, podendo chegar a uma anafilaxia (distúrbio grave na circulação sanguínea e na oxigenação).

Intolerantes: costumamos chamar de “sensibilidade ao glúten”. Esse não é celíaco, pois o médico analisou todos os sintomas e exames clínicos, e descartou a doença celíaca e a alergia.

Quais são os sintomas?

Alguns sintomas que ajudam a chegar no diagnóstico: gases, dores de cabeça, língua inflamada, dermatite, diarreia, dor abdominal e confusão mental.

Fazer o diagnóstico não é tão simples, e o tratamento é uma dieta “glúten free”, para ver se os sintomas regridem. Em caso de melhora, a pessoa será acompanhada para repor vitaminas e minerais que os produtos sem glúten não têm.

Há muitos mitos em relação ao glúten; ele virou um vilão! Uma pessoa “normal” não tem necessidade de retirar o glúten da alimentação.

Vou dar o exemplo clássico de um alimento que é criticado e o primeiro que a maioria das pessoas retiram do cardápio diário: o pão francês ou de sal. É necessário entender que nenhum alimento isolado engorda, causa desconforto ou intolerância. No entanto, as pessoas cortam o glúten, mas consomem açúcar em excesso, frituras e embutidos, ou seja, não mudam os hábitos alimentares.

As pessoas que têm problemas de intolerância diagnosticada por um médico devem, sim, evitar os alimentos que contêm glúten. Por isso, é essencial entender seu organismo e suas necessidades.

Existe uma maneira de prevenir essa doença?

A resposta é que você pode, sim, desenvolver essa doença. A prevenção não é retirar os alimentos que contêm glúten, mas achar o equilíbrio, pois tudo que é consumido em excesso faz mal.

É importante ter hábitos alimentares saudáveis, fazer escolhas inteligentes na hora de se alimentar, não comer somente o que é gostoso, mas priorizar o que é nutritivo. O que faz com que o organismo se mantenha funcionando normalmente é deixar de lado os “terrorismos nutricionais”, onde tudo é proibido, tudo faz mal. Fazer uma atividade física é a garantia de qualidade de vida, mesmo diante de um quadro de intolerância.

Fica a dica

Lembro a você que os alimentos, quando consumidos adequadamente, viram aliados, por isso o convite é olhar sua alimentação, hoje, não com o que a mídia ou as pessoas que não são profissionais no assunto dizem, mas sim saber o que pode melhorar sua alimentação.

O que realmente você precisa tirar do dia a dia, porque não é saudável? Quais exceções têm feito, que, em vez de ajudar a saúde, estão lhe deixando em desequilíbrio?

Você já deve ter escutado a frase: “detalhes fazem a diferença”. Na hora de alimentar-se, essa frase lhe cai muito bem, pois, às vezes, você retira de seu prato o detalhe que fará toda a diferença em sua nutrição. Então, fique atento!

Michele Barros é membro da Comunidade Canção Nova. Nutricionista, atua no Posto Médico Padre Pio.

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