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Em Penedo (AL), a plataforma de gestão de atendimentos nas UPAs proporcionou uma economia de R$ 11,9 milhões aos cofres públicos e, em breve, ela deve chegar ao Paraná.

Uma startup público-privada idealizada no Paraná, em parceria com o Instituto de Ciência e Tecnologia de Penedo, tem ajudado municípios a reduzirem gastos com a saúde pública e melhorarem o atendimento à população.

Em apenas um ano, a PGS Medical garantiu uma economia de R$11,9 milhões e o fim das filas de doentes crônicos nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) do município de Penedo (AL), com 65 mil habitantes.

Além da economia para os cofres públicos, a Prefeitura de Penedo conseguiu reduzir em 90% o número de atendimentos nas UPAS e em 66% o número de internações dos doentes crônicos do município.

A plataforma de inteligência artificial - desenvolvida pela PGS - orienta o usuário sobre as melhores práticas de gestão em saúde, organiza a agenda de atendimento dos profissionais em função da complexidade dos casos dos pacientes e mede a melhoria na qualidade de vida e a economia de recursos com os cuidados oferecidos.

“A tecnologia permite ainda que os gestores acompanhem os resultados obtidos pelo município com a gestão de saúde”, explica o diretor da PGS Medical, Wagner Marques. Representantes da PGS Medical estão apresentando a tecnologia em cidades do Paraná.

Como funciona

A plataforma é voltada ao atendimento de pacientes com doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, que representam mais de 85% dos atendimentos em UPAs.  

Para o funcionamento da plataforma, é criado um Centro Altamente Resolutivo (CAR), que centraliza o atendimento de doentes crônicos. Eles passam a ser acompanhados por uma equipe médica especializada. Os seus dados são registrados no software, permitindo o controle remoto do paciente, que também pode ser atendido em domicílio.

Com isso, é possível evitar o agravamento dos casos e as idas às UPAs para atendimentos emergenciais. Em Penedo, a redução de peso entre os pacientes atendidos, em média, foi de 3,4%, a redução da pressão arterial foi de 8%, a redução da glicemia foi de 32,02% e a redução do IMC foi de 3%.

Com a melhora, a média mensal de atendimento na UPA caiu 90,24%, as internações no grupo assistido pelo programa caíram 66%.

Paraná

Os resultados obtidos em Penedo foram, recentemente, apresentados pela equipe da PGS Medical em cidades paranaenses. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), o Consórcio Metropolitano de Saúde do Paraná (Comesp), que engloba 28 municípios com uma população de cerca de 1,7 milhão de pessoas, está estudando implementar a tecnologia.

Segundo o Diretor-Técnico do Comesp, Dr. Darci Martins Braga, a implantação da plataforma na RMC está sendo discutida junto à Secretaria de Estado da Saúde, para que possa ser levada a todos os municípios. “Seria extremamente vantajoso para a Região Metropolitana de Curitiba, devido a dificuldade de acesso da população ao atendimentos. Com a plataforma o atendimento seria otimizado”, explica, enfatizando a extensão geográfica da RMC.

Braga explica que, hoje, a RMC conta com um Centro de Especialidades Microrregional Sul (CEP-SUL), em São José dos Pinhais, que recebe os pacientes portadores de doenças crônicas e oferece um atendimento completo, com uma equipe multidisciplinar.

O problema, porém, segundo ele,  acontece quando os pacientes retornam aos seus municípios e acabam abandonando ou fazendo o tratamento de forma inadequada, o que ocasiona em uma nova piora do quadro. “A PGS Medical poderia ajudar nesse acompanhamento, em cada município”, afirma.

Além da logística, o desafio no tratamento de pacientes crônicos está na adesão. “Sem acompanhamento e adesão ao tratamento, doenças como diabetes e hipertensão, por exemplo, podem evoluir para complicações. E, é nesse momento, que eles procuram as UPAs”, explica. “Os pacientes com doenças crônicas são os que mais frequentam as UPAs, nos episódios agudos”.

PGS Medical

Primeira startup público privada, criada a partir da regulamentação da Lei de Inovação, com o propósito de desenvolver tecnologias e implantar novos processos na área de saúde pública no Brasil.

O objetivo é a redução do encaminhamento do paciente para tratamentos de alta e média complexidade, a integração e a análise compartilhada dos diagnósticos, melhor performance no uso de equipamentos e infraestrutura, além da prevenção substancial das doenças crônicas.

Asimp/PGS Medical

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