Digite pelo menos 3 caracteres para uma busca eficiente.

Tentativas de suicídio e casos de automutilação que estariam relacionados ao chamado “jogo da Baleia Azul” têm chamado a atenção das autoridades policiais e de saúde em várias partes do Brasil, incluindo o Paraná. A competição, que teria surgido na Rússia a partir de uma notícia falsa, propõe aos participantes 50 tarefas, sendo a última o suicídio. Preocupado com a situação, o MPPR faz um alerta aos pais para que redobrem os cuidados com os filhos, principalmente adolescentes, adotando uma postura preventiva.

Interna

Tentativas de suicídio e casos de automutilação que estariam relacionados ao chamado “jogo da Baleia Azul” têm chamado a atenção das autoridades policiais e de saúde em várias partes do Brasil, incluindo o Paraná. A competição, que teria surgido na Rússia a partir de uma notícia falsa, propõe aos participantes 50 tarefas, sendo a última o suicídio. Preocupado com a situação, o Ministério Público do Paraná faz um alerta aos pais para que redobrem os cuidados com os filhos, principalmente adolescentes, com intuito de atuar de modo preventivo e também identificar sinais que possam indicar que estejam participando dos desafios propostos pelo jogo.

A promotora de Justiça Luciana Linero, que atua no Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça (Caop) da Criança e do Adolescente e da Educação do MPPR – Área da Criança e do Adolescente, lembra que ser pai ou mãe de adolescentes, por si, já exige mais, pois essa é uma fase em que naturalmente as pessoas tendem a apresentar um comportamento mais rebelde e vontade mais acentuada de transgredir regras. Além disso, ela comenta que os casos de depressão na adolescência, que podem deixar a pessoa mais suscetível a participar desse tipo de desafio, também têm se tornado mais comuns nos últimos anos.

Nesse sentido, ela alerta para a importância de os pais tentarem se aproximar mais dos filhos: “Hoje, em função das características da vida moderna, que torna o tempo mais escasso, os pais têm menos tempo para ficar com os filhos. Mas é preciso que usem bem esse tempo, procurando resgatar os vínculos. Os pais têm que dar liberdade aos jovens, mas também devem monitorá-los”.

A promotora de Justiça ressalta que o diálogo é fundamental para que os pais possam atuar de modo preventivo, evitando que os filhos se exponham a uma série de riscos. Da mesma forma, é fundamental que sejam identificados, de modo precoce, sinais de que os jovens possam estar com quadros depressivos ou participando de jogos nocivos, como o Baleia Azul. “Se os pais estiverem atentos, poderão notar mudanças de comportamento, como agressividade, isolamento, tristeza exagerada, ansiedade, cortes e mutilações, gosto súbito por filmes de terror, alterações de sono e distúrbios alimentares. Tudo isso pode ser revelador de um estado atípico e que requer cuidados especiais.”

Confirmadas as suspeitas de depressão, participação em jogos perigosos ou outros quadros preocupantes, Luciana Linero recomenda que os pais procurem apoio de profissionais especializados, como psicólogos e psiquiatras, dependendo do caso. Pontua ainda que os casos associados ao jogo Baleia Azul devem ser comunicados à polícia, já que, em geral, denotam práticas criminosas.

Escolas

O MPPR destaca a importância de os professores também estarem atentos ao comportamento dos estudantes, já que, em boa parte do tempo, os jovens permanecem na escola. A promotora de Justiça Hirminia Dorigan de Matos Diniz, que atua no Caop da Criança e do Adolescente e da Educação – Área da Educação, sugere que as escolas mantenham ações permanentes, focadas no combate a problemas que podem deixar os jovens mais suscetíveis a participar de jogos como esse e a pressões para cumprir as tarefas. “São programas como os de combate ao bullying e de prevenção à depressão, que possam favorecer a integração de todos e de cada um dos estudantes. Se existe um trabalho preventivo, de proteção da criança e do jovem em casa e também na escola, os riscos de cooptação pelos organizadores de jogos desse gênero diminuem”, comenta.

A promotora comenta ainda que há necessidade de o poder público de modo geral atuar por meio de políticas públicas de combate a situações que possam deixar os jovens suscetíveis a esse tipo de situação. Uma reunião para discutir especificamente o problema do jogo Baleia Azul está marcada para a tarde desta quinta-feira, na sede da Secretaria Estadual da Educação, em Curitiba, e deverá contar com a participação de representantes do MPPR.

Ascom/Ministério Público do Paraná
 

#JornalUnião

Utilizamos cookies e coletamos dados de navegação para fornecer uma melhor experiência para nossos usuários. Para saber mais os dados que coletamos, consulte nossa política de privacidade. Ao continuar navegando no site, você concorda integralmente com os termos desta política.