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Parcialmente destruída durante rebelião na semana passada, unidade não oferece segurança para trabalho de agentes e encarceramento de presos

Oficialmente encerrada na última quarta-feira (7), a rebelião na Unidade II da Penitenciária Estadual de Londrina (PEL) ainda está longe de uma solução definitiva. Para discutir as condições de segurança dos agentes penitenciários e do encarceramento dos presos, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara de Vereadores coordenou na manhã desta quarta-feira (14) uma reunião pública com a participação de representantes do Sindicato dos Agentes Penitenciários do Paraná (Sindarspen), Pastoral Carcerária, Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP), OAB-Londrina além de diferentes grupos que atuam na área dos Direitos Humanos.

“Hoje os presos estão amontoados e mantidos sob forte força policial uma vez que a Unidade foi parcialmente destruída durante a rebelião e não apresenta as condições de segurança necessárias para volta à normalidade”, disse a presidente do Sindarspen, Petruska Sviercoski, revelando ainda que durante a rebelião cerca de 30 agentes atuavam na PEL II para atender 1, 2 mil presos, quando o recomendado pelo CNPCP é um agente para cada cinco presos.

“A principal expectativa nossa é que a Câmara de Vereadores e a sociedade civil se unam em prol de melhoria na PEL II e principalmente que aquela unidade não volte a funcionar enquanto não oferecer condições de segurança tanto para servidores como para os presos.”, insistiu a líder os agentes. Ainda segundo os agentes penitenciários, após a rebelião os presos foram distribuídos em três alas, com aproximadamente 350 homens cada.

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Para a presidente da Comissão de Direitos Humanos do Legislativo Londrinense, vereadora Lenir de Assis (PT) a situação é muito grave porque coloca em risco também a segurança da população da cidade e por isso é fundamental que o secretário de Segurança do Paraná participe de uma reunião em Londrina para discutir as condições das penitenciárias “Esta é a principal proposta do encontro desta manhã porque não é mais possível que o Governo do Estado continue ignorando esta situação”, disse a vereadora. E continuou: “Este assunto já foi discutido em outras oportunidades por vereadores e agentes penitenciários e nada foi feito pelo governo do Estado para melhorar as condições das unidades prisionais em Londrina”.

Ainda de acordo com a vereadora, outra proposta aprovada na manhã desta quarta-feira indica que a Comissão de Direitos Humanos do Legislativo encaminhe ofício ao juiz da Vara de Execuções Penais (VEP), Katsujo Nakadomari, solicitando que uma comissão composta por representantes de diferentes entidades além de familiares dos presos da PEL II seja autorizada a entrar na unidade prisional para uma visita. ”Circulam muitas informações contraditórias e confusas sobre a situação da unidade. O que se pretende com este grupo é conhecer as atuais condições de trabalho (depois da rebelião) dos agentes penitenciários e como estão sendo mantidos os presos”, disse Lenir de Assis que coordenou a reunião ao lado da vereadora Elza Correia (PMDB) e dos vereadores Roque Neto (PR) e Amauri Cardoso (PSDB), que também integram a Comissão do Legislativo.

Asimp/CML

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