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Queda no índice geral de violência em abril pode ser atribuída ao período de quarentena

Os números da violência no trânsito em Londrina registraram queda em abril em comparação com os primeiros três meses de 2020 e são os menores apontados desde janeiro. Foi contabilizado no período o total de 187 ocorrências, com duas mortes e 205 vítimas não fatais. Antes disso, os índices mais baixos haviam sido computados em janeiro, quando a cidade teve 256 acidentes, três óbitos e 306 pessoas envolvidas.

A perspectiva de arrefecimento da violência pode ser observada também no acumulado do ano. Em comparação com o primeiro quadrimestre de 2019, o total de vítimas caiu de 1.411 para 1.172 (-16,9%), enquanto a soma das ocorrências recuou de 1.164 para 1.002 (-13,9%) e as mortes caíram de 24 para 21 (-12,5%).

Entre as prováveis razões para o contexto de queda está a paralisação das atividades econômicas no município em função da pandemia do novo coronavírus. A hipótese é de que, com o fechamento da indústria, do comércio e de serviços não essenciais a partir do dia 23 de março, a quantidade de veículos circulando pelas ruas encolheu cerca de 46%.

A estimativa é da Companhia Municipal de Trânsito e Urbanização (CMTU), que nesta segunda-feira (11) divulgou as informações do Placar do Trânsito, levantamento realizado com base em dados do Siate, Instituto Médico-Legal (IML) e Polícia Civil.

Na opinião do diretor de Trânsito da CMTU, major Sergio Dalbem, a diminuição dos números é positiva, mas não pode ser comemorada. Isso porque, apesar da melhora no quadro geral da violência, houve acréscimo nos capotamentos e nos flagrantes de avanço de sinal vermelho.

No primeiro caso, o aumento foi de três em março para quatro em abril – a marca mais alta assinalada em Londrina este ano. Já em relação às infrações por desrespeito ao semáforo, os primeiros quatro meses de 2020 apontaram 4.965 episódios, índice superior aos 4.615 registrados no mesmo intervalo de 2019.“Isso mostra que, mesmo com a contração expressiva da frota durante o período de quarentena, muitos motoristas continuaram a insistir em comportamentos nocivos no trânsito. O cenário de vias mais vazias e com menos carros trafegando, infelizmente, não foi acompanhado de queda no número infrações”, avaliou Dalbem.

Para o diretor, as medidas de enfrentamento à Covid-19 colocaram em pauta a importância da prevenção. Segundo ele, assim como os cidadãos, em geral, entenderam a gravidade da doença e passaram a adotar práticas para evitar a disseminação do vírus, cada personagem envolvido no dia a dia das ruas deveria empregar a mesma cautela ao sair de casa a pé, sentar ao volante ou pilotar a motocicleta.

“A participação ativa da população na batalha contra a pandemia, com pessoas mais conscientes e empáticas, tem dado bons resultados em Londrina e nos leva a crer que, também no trânsito, prevenir é a melhor solução. Daí a importância em respeitar os limites de velocidade e as regras de circulação”, afirmou o diretor.

Outras informações

Além do número de mortes e de ocorrências, o levantamento da CMTU apresentou ainda o perfil dos que vieram a óbito. Dentre os 21 nessa categoria, 19 pertenciam ao gênero masculino. Dez estavam na faixa etária de 31 a 59 anos e três eram considerados idosos, com mais de 60 anos. Doze perderam a vida na hora, no local do acidente, e outros seis morreram nas primeiras 24h após o ocorrido.

No ranking das vias que mais contabilizaram mortes, o trecho urbano da PR-445 aparece no topo, com três registros, seguido da BR-369, com dois. Líder em casos entre as vias administradas pelo Município, a avenida Saul Elkind, na região norte, somou duas ocorrências.

Exceder a velocidade máxima da via em até 20% foi a infração mais cometida pelo motorista londrinense: foram 18.680 registros. Na sequência vem o avanço do sinal vermelho, com 4.965, e a falta do uso do cinto de segurança, com 4.199 flagrantes. No total, foram 46.833 multas emitidas no período analisado.

Danylo Alvares/Asimp/CMTU

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