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A violência contra crianças e adolescentes é inaceitável. Recentes casos de estupros coletivos, como os ocorridos com as adolescentes no Rio de Janeiro e no Piauí, são graves violações de direitos humanos e se somam às altas estatísticas de violência registradas no Brasil.

Em 2015, segundo dados do Disque 100, foram registradas 17.588 denúncias de violência sexual contra crianças e adolescentes, equivalentes a duas denúncias por hora. Foram 22.851 vítimas, 70% delas meninas.

Os dois casos também refletem outro elemento alarmante. A divulgação maciça do estupro coletivo relatado no Rio de Janeiro demonstrou a naturalidade com que é vista a violência sexual contra crianças e adolescentes. A exposição e o julgamento moral a que foram submetidas as vítimas nas redes sociais devem ser um motivo permanente de indignação.

O UNICEF se solidariza com as vítimas e suas famílias e convoca o poder público a tomar as providências previstas por lei para responsabilizar os agressores. Da mesma forma, é necessário garantir que todas as crianças e todos os adolescentes vítimas de violência e suas famílias tenham o acompanhamento psicossocial adequado.

A sociedade brasileira tem uma grande tarefa diante de si: promover e consolidar uma cultura de equidade e de respeito aos direitos de todas as crianças para que elas possam crescer livres de violência, como determinam a Convenção sobre os Direitos da Criança e o Estatuto da Criança e do Adolescente.

Temos o dever de romper o silêncio, denunciando situações de violência usando canais como o Disque 100 e o aplicativo Proteja Brasil.

É inadmissível que a violência sexual continue sendo banalizada. Tolerância zero a todas as formas de violência contra crianças e adolescentes.

Pedro Ivo Alcantara/Asimp/UNICEF no Brasil
 

#JornalUnião

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