Setor de turismo em Londrina projeta retomada pós-pandemia
Tema foi debatido na Câmara de Londrina durante cerimônia alusiva ao Dia Nacional do Turismo, por requerimento do vereador Matheus Thum (PP)
Durante a sessão ordinária da quinta-feira (6), a Câmara de Londrina realizou evento alusivo ao Dia Nacional do Turismo, celebrado em 8 de maio, conforme a lei federal nº 12.625/2012. A celebração foi solicitada por meio do requerimento nº 117/2021, do vereador Matheus Thum (PP), que defendeu a ampliação de políticas públicas direcionadas ao setor. “Londrina tem um potencial turístico muito interessante e que pode ser ampliado se houver investimentos no setor e políticas públicas voltadas para o incentivo da atividade, seja na modalidade de turismo de negócios, seja na de entretenimento, sem deixar de considerar o destaque da cidade como centro educacional e de medicina de excelência”, defendeu.
Participaram remotamente do evento representantes do setor, que ressaltaram os impactos da pandemia de covid-19 para as empresas e profissionais do turismo, já que a realização de eventos foi impactada com as medidas restritivas impostas pelas autoridades. Pietro Veronezzi, diretor de Planejamento da Associação dos Meios de Hospedagem de Londrina e Região (AMEH), afirmou que, de 2019 para 2020, 60% dos hotéis de Londrina tiveram redução de 50% ou mais na ocupação de leitos. Ainda segundo ele, neste período, 30% dos hotéis reduziram em 40% o quadro dos funcionários. Para a reaquecer o setor, ele defendeu a construção de um centro de eventos para aproximadamente 3 mil pessoas e incentivos governamentais. “Faltam políticas públicas e estímulos para que venham mais eventos para Londrina. [...] Um exemplo prático: a Embrapa de Londrina organiza os eventos fora de Londrina. Isso é um absurdo”, criticou.
Retomada
Atualmente, em Londrina, estão permitidos eventos com a presença de até 50 pessoas. A presidente do Londrina Convention Bureau, Daiana Ferretti Bisognin Lopes, disse que esta era uma demanda da instituição que, em 2019 (antes da pandemia) havia captado 14 eventos e apoiado outros 32. A vice-presidente do Conselho Municipal de Turismo, Hérika Galli, afirmou que o setor está empenhado na retomada do turismo local e citou a criação da campanha “#AmeLondrina”, para valorizar a cidade nas redes sociais. “A gente sabe que esta retomada ainda vem muito gradualmente. A esperança é que, para 2022, a gente siga com um passo mais largo e tenha um faturamento um pouco melhor”, projetou.
Ainda neste ano, Londrina deverá sediar os Jogos Abertos do Paraná (Japs) e o Japs Combate, previstos para novembro, conforme adiantou o vereador Madureira (PTB). “Vamos rezar para que a pandemia baixe para encher nossos hotéis, movimentar nossos shoppings e nossos comércios”, disse.
Em relação ao apoio do poder público para o turismo, o presidente do Instituto de Desenvolvimento de Londrina (Codel), Bruno Ubiratan, relembrou, entre outras medidas, a redução da alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS) de eventos de 5% para 3% e a campanha de Natal em 2019, que, segundo ele, injetou dinheiro na economia. Entre as ações em andamento, Ubiratan ressaltou a licitação para implantação de pedalinhos no Lago Igapó e a articulação política para conseguir verba para revitalização do Parque Arthur Thomas. “Isso tudo, junto com a Codel dando apoio, com certeza o setor está se preparando para, no pós-pandemia, voltar com todo o êxito necessário para que a gente consiga, neste ecossistema de turismo, crescer muito”, defendeu.
Outro ponto positivo destacado pelos participantes é a estrutura de Londrina para recepção de turistas. João Jacob Melh, presidente da Paraná Turismo, reforçou que a cidade recebeu do Ministério do Turismo a denominação de “classe A”, e se soma no estado, a Curitiba e Foz do Iguaçu. “Justifico que Londrina é [classe A] pelo seu trabalho, pela sua receptividade e pelo seu povo. O Ministério do Turismo considera, principalmente, os meios de hospedagem, alimentação, transporte e agências viagens. Tenho que cumprimentar Londrina que alcançou a classe A sem ter uma praia, uma catarata ou um Cristo Redentor para dar a ela sua força necessária”, afirmou.
Asimp/CML
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