Porque 2019 foi um ano importante para o futebol feminino
O ano de 2019 foi, sem sombra de dúvidas, histórico para o futebol feminino. É fato que ainda temos um longo caminho a percorrer, mas foi um perceptível crescimento da modalidade ao decorrer do ano. O exemplo mais expressivo, é claro, foi a Copa do Mundo de Futebol Feminino, conquistada pelos Estados Unidos. Mas também foi possível ver outros eventos protagonizados por mulheres preencherem as arquibancadas, assim como um um apoio e cobertura mais intensa da mídia.
O futebol feminino brilhou, até mesmo, nas casas de apostas esportivas, nicho que cresce cada vez mais no Brasil. Caso você também queira adentrar nesse universo é apostar e apoiar a modalidade, é possível encontrar uma relação das novas casas de apostas em apenas poucos cliques. E como prova das conquistas obtidas no futebol feminino, vamos falar um pouco mais sobre os grandes momentos da modalidade ocorridos este ano.
Copa do Mundo de Futebol
O ápice do futebol feminino em 2019 veio com a oitava Copa do Mundo de Futebol Feminino, realizada na França. O evento foi sucesso de audiência nas televisões e de venda de ingressos nos estádios. A final, disputada entre Holanda e Estados Unidos, ocorreu com a casa cheia: foram 57.900 presentes, a capacidade total do estádio.
No Brasil, o mundial foi exibido pela primeira vez em televisão aberta, pela Rede Globo, possibilitando que a torcida nacional acompanhasse a competição de mais perto, torcendo e vibrando junto à seleção feminina como nunca antes visto no país.
Nem mesmo a eliminação do Brasil da competição nas oitavas de final, contra a França, fez com que a seleção perdesse o apoio da torcida. Na ocasião, a atacante Marta, seis vezes melhor do mundo, falou sobre o sentimento da eliminação e o orgulho que sentia por estar fazendo parte daquela equipe.
“A gente deu o nosso melhor. Todas deram seu máximo. Foi um grande jogo. Já esperávamos tudo isso. Torcida contra e tantas coisas mais. Porém a gente fez um grande trabalho. Não conseguimos a vitória. A equipe delas foi melhor na definição. Agora é seguir em frente. Cabeça erguida. Muito orgulho dessa equipe”, afirmou a jogadora.
Além disso, ela, que se tornou a maior artilheira em Copas do Mundo, seja no masculino ou feminino, falou sobre o futuro da modalidade e mostrou que o esporte é um caminho possível para meninos e meninas.
“É um momento especial e a gente tem que aproveitar. Digo isso no sentido de valorizar mais. Valorize! A gente pede tanto, pede apoio, mas a gente também precisa valorizar. A gente está sorrindo aqui e acho que é esse o primordial, ter que chorar no começo para sorrir no fim. Quando digo isso é querer mais, treinar mais, estar pronta para jogar 90 e mais 30 minutos e mais quantos minutos forem necessários. É isso que peço para as meninas. Não vai ter uma Formiga para sempre, uma Marta, uma Cristiane. O futebol feminino depende de vocês para sobreviver. Pensem nisso, valorizem mais. Chorem no começo para sorrir no fim”, finalizou a atacando, com lágrimas nos olhos.
Recordes de público
Além do recorde de público e audiência na Copa do Mundo, o futebol feminino também comemorou recordes semelhantes em outros campeonatos. Em março, por exemplo, as torcidas de Madrid e Barcelona levaram o maior público já registrado na modalidade para o Wanda Metropolitano. Foram 60.739 espectadores ao todo.
Os torcedores também compareceram em peso nos estádios nos confrontos entre Juventus e Fiorentina (39 mil espectadores), Manchester City e Manchester United (31.213 espectadores) e Benfica e Sporting (15.204 espectadores).
Enquanto isso, aqui no Brasil, a realidade ainda é de um público modesto em competições femininas. Contudo, existem sinais de que isso podem mudar em breve. Um exemplo foi o torneio amistoso realizado em São Paulo, que levou, ao todo, 30 mil pessoas às arquibancadas do Pacaembu em jogos da seleção brasileira.
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